Fósseis de cervídeos de 5 milhões de anos são descobertos em Tennessee

São Paulo — InkDesign News — Paleontólogos descobriram restos fossilizados da extinta espécie de cervo Eocoileus gentryorum no local de fósseis Gray, no nordeste do Tennessee, Estados Unidos. A descoberta é um dos registros mais antigos da família dos cervos na América do Norte e é a única ocorrência pré-Pleistocena de cervos nas Montanhas Apalaches.
Contexto da descoberta
Os fósseis foram encontrados no notável local de fósseis Gray, que tem proporcionado descobertas que transformam a compreensão sobre a vida antiga na região. Dr. Blaine Schubert, diretor executivo do Gray Fossil Site e Museu, comenta sobre a importância do local:
“O Gray Fossil Site continua a revelar descobertas extraordinárias que remodelam nossa compreensão sobre a vida antiga.”
(“The Gray Fossil Site continues to yield extraordinary discoveries that reshape our understanding of ancient life.”)— Dr. Blaine Schubert, Diretor, Gray Fossil Site e Museu
Métodos e resultados
Os pesquisadores examinaram restos fragmentários, incluindo um crânio, um molar superior e diversos ossos das extremidades, do Eocoileus gentryorum, descrito pela primeira vez em 2000. Anteriormente, essa espécie era conhecida apenas da Flórida, tornando a descoberta no Tennessee significativa para entender a rápida disseminação desses cervos primitivos pelo continente.
Olivia Williams, paleontóloga da East Tennessee State University, observou que esses cervos antigos eram notavelmente menores que a maioria das espécies modernas.
“Esses cervos antigos são geralmente menores que as espécies modernas de cervos no Novo Mundo.”
(“These early deer are generally smaller than modern deer species in the New World.”)— Olivia Williams, Paleontóloga, East Tennessee State University
Implicações e próximos passos
A evidência fóssil de Washington e Flórida indica que esses cervos se dispersaram rapidamente de costa a costa após sua chegada na América do Norte, adaptando-se com sucesso a diversos habitats, desde florestas do Pacífico até as Highlands Apalaches. Dr. Joshua Samuels, também da East Tennessee State University, informa que os cervos provavelmente ocuparam o mesmo papel ecológico nas florestas Apalaches por quase 5 milhões de anos, persistindo e prosperando através de mudanças climáticas dramáticas.
Com isso, a pesquisa destaca a diversidade de vida que floresceu na região e a notável resiliência dos cervos, contrastando com outros grandes herbívoros que foram eliminados. A descoberta é discutida em um artigo na revista Palaeontologia Electronica.
A importância dessa pesquisa se estende ao entendimento da evolução e adaptação de espécies em resposta a mudanças ambientais, abrindo caminho para futuras investigações sobre a ecologia de pleistocenos e sua relevância nos dias atuais.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)