
Detroit — InkDesign News — O setor automotivo americano vive um momento de reavaliação, desafiado por novas demandas e pela evolução do mercado, especialmente com a ascensão de veículos elétricos e a presença cada vez mais forte da Tesla.
Contexto e lançamento
Durante décadas, Ford e General Motors (GM) simbolizaram a indústria americana, simbolizando orgulho operário e a resiliência do coração industrial do país. Com a introdução do American-Made Index, elaborado anualmente pelo Cars.com, surgem novas perspectivas sobre a autenticidade do rótulo “feito nos EUA”. Este índice, que avalia a quantidade de empregos nas fábricas, as instalações de manufatura locais e a porcentagem de peças domésticas, impacta diretamente a imagem das montadoras tradicionais frente à chamada nova era automotiva, dominada por marcas como Tesla.
Design e especificações
O recente índice revela que a Tesla não apenas lidera a lista, com o Model 3 ocupando a primeira posição, mas também apresenta uma gama de modelos inteiramente elétricos, fortalecendo sua posição no mercado. Por outro lado, a GM conseguiu posicionar apenas o Chevy Colorado na 19ª colocação, enquanto a Ford não conseguiu colocar nenhum veículo entre os 20 primeiros. Esse cenário aponta para uma inquietante realidade sobre a composição de seus veículos, que embora montados em solo americano, não compartilham da mesma porcentagem de componentes produzidos localmente.
Repercussão e aplicações
A classificação surge em um contexto politicamente delicado, com a administração Trump promovendo uma filosofia de fabricação “America First” e impondo tarifas significativas sobre veículos importados. No entanto, as marcas tradicionais têm se esquivado das críticas, focando em suas contribuições para o emprego local. A Ford, por meio de um porta-voz, afirmou:
“Adicionamos aproximadamente 13.000 empregos nos EUA desde 2008. 80% dos veículos que vendemos nos EUA são montados aqui.”
(“We’ve added approximately 13,000 jobs in the US since 2008. 80% of the vehicles we sell in the U.S. are assembled here.”)— Porta-voz da Ford
Enquanto isso, a GM destacou um investimento de US$ 4 bilhões em suas plantas domésticas, enfatizando seu compromisso com a fabricação americana, com um representante afirmando:
“Estamos comprometidos com a manufatura americana e expandindo a produção nos EUA.”
(“We’ve been committed to American manufacturing and are expanding production in the US.”)— Porta-voz da GM
À medida que o setor automotivo se transforma, a questão da verdadeira essência do “feito nos EUA” se torna cada vez mais complexa. As tradições e legados das grandes montadoras estão sendo desafiados pela dura realidade de um mercado globalizado e em rápida evolução.
Avanços nas tecnologias de fabricação, juntamente com uma crescente ênfase em veículos sustentáveis, sugerem que essas montadoras terão que redefinir suas estratégias para se manterem relevantes e competitivas na próxima década.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)