
Rio de Janeiro — InkDesign News — Estão abertas as inscrições para o projeto Coexistir, Coabitar, um curso gratuito destinado a jovens e familiares de pessoas que passaram por privações de liberdade. O programa terá duração de seis meses e buscará inovar na educação por meio de uma abordagem artística e formativa.
Contexto educacional
Em um cenário nacional marcado por desigualdades sociais e desafios no sistema educacional, a oferta de cursos voltados para a inclusão é essencial. Dados do IBGE indicam que a população jovem no Brasil enfrenta altas taxas de desemprego e baixa escolaridade, o que demanda iniciativas que promovam a formação e emancipação. Nesse contexto, o projeto Coexistir, Coabitar destaca-se ao focar na reintegração social de jovens e familiares de egressos do sistema prisional e socioeducativo.
Políticas e iniciativas
O curso, que ocorrerá entre julho e dezembro de 2025, propõe uma experiência que articula arte, saúde, cidadania e pertencimento. Segundo a coordenadora do projeto, Anna Luisa Oliveira, “Esse projeto é a soma de muitos esforços coletivos principalmente de movimentos sociais.” A proposta inclui bolsas mensais, alimentação, oficinas práticas e acompanhamento artístico, além de visitas a espaços culturais, suplicando uma intersecção entre arte e educação.
“Ele oferece um espaço real de formação, escuta e valorização de trajetórias. Nosso objetivo é que os participantes possam construir e compartilhar suas histórias através da arte.”
(“This project is the sum of many collective efforts, especially from social movements. It offers a real space for training, listening, and valuing trajectories. Our goal is for participants to construct and share their stories through art.”)— Anna Luisa Oliveira, Coordenadora, Projeto Coexistir, Coabitar
Desafios e perspectivas
Apesar do potencial transformador, o projeto enfrenta desafios significativos, como a infraestrutura insuficiente e a persistente desigualdade social. A falta de recursos para manutenção de espaços culturais e a necessidade de apoio sistemático são obstáculos que podem impactar a execução do curso. Contudo, a iniciativa aponta para uma oportunidade de gerar não apenas aprendizado, mas também diálogo sobre questões sociais e culturais pertinentes à juventude.
Os impactos esperados incluem um fortalecimento das trajetórias individuais e coletivas dos participantes, além de uma maior visibilidade da necessidade de políticas públicas voltadas para esta faixa etária. A continuidade e expansão de iniciativas como o Coexistir, Coabitar são passos fundamentais para a construção de um futuro mais inclusivo.
Fonte: Agência Brasil – Educação