
Tabatinga — InkDesign News — Três pessoas, dois homens e uma mulher, foram diagnosticadas com encefalite equina venezuelana neste ano, na cidade de Tabatinga, AM. A confirmação foi feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 26 de setembro.
Contexto e objetivos
A encefalite equina venezuelana é uma doença viral grave causada por um alphavirus, transmitido por mosquitos, que pode afetar tanto humanos quanto equinos. O monitoramento dos casos é realizado dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de entender a epidemiologia da doença em áreas críticas da Amazônia brasileira.
Metodologia e resultados
O estudo que identificou os casos na região amazônica utilizou a tecnologia de PCR em tempo real, desenvolvida pela Fiocruz, para detectar o material genético do vírus. Os resultados foram confirmados por sequenciamento genético. O virologista Felipe Gomes Naveca, do Instituto Leônidas e Maria Deane, destacou que “nossos achados identificam o vírus como uma causa subdiagnosticada de doença febril aguda na Amazônia brasileira”
(“Our findings identify the virus as an underdiagnosed cause of acute febrile illness in the Brazilian Amazon.”) — Felipe Gomes Naveca, Virologista, Fiocruz.
Implicações para a saúde pública
A encefalite equina venezuelana pode gerar sequelas variadas, incluindo distúrbios motores e cognitivos, conforme a gravidade da infecção. Apesar do potencial de consequências severas, a maior parte dos casos se apresenta como uma doença febril sem sequelas importantes. Naveca enfatizou que um entendimento mais profundo da doença é crucial para a saúde pública e para a tomada de decisões. Além disso, a Rede Genômica da Fiocruz, que inicialmente focou na decodificação do Sars-CoV-2, agora também busca ampliar o conhecimento sobre outros vírus impactantes na saúde.
Em síntese, as descobertas sobre a encefalite equina venezuelana ressaltam a necessidade de vigilância epidemiológica e a implementação de políticas de saúde pública mais robustas para prevenir surtos. Espera-se que, à medida que mais dados se tornem disponíveis, melhorias nos protocolos de diagnóstico e tratamento sejam implementadas, beneficiando a população da Amazônia.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)