
Miami — InkDesign News — No Grande Prêmio de Miami, disputado no último domingo, a Ferrari protagonizou uma controvérsia interna ao determinar a troca de posições entre seus pilotos Charles Leclerc e Lewis Hamilton duas vezes durante a corrida, uma medida que causou desconforto e debates sobre estratégia e trabalho em equipe.
Desenvolvimento do jogo
Com largada em 12º, Hamilton iniciou sua recuperação após estar inicialmente quatro posições atrás de Leclerc. Aos poucos, ultrapassou adversários, como Carlos Sainz na volta 34, até se aproximar do companheiro de equipe. Ambos haviam efetuado suas paradas com compostos médios e duros. Na volta 40, obedecendo à ordem da equipe, Leclerc cedeu passagem para Hamilton assumir a sétima colocação, numa tentativa estratégica de facilitar a ultrapassagem sobre Andrea Kimi Antonelli, piloto da Mercedes.
No entanto, o britânico não conseguiu ampliar o ritmo, e a equipe decidiu, a cinco voltas do fim, inverter novamente as posições, devolvendo a liderança entre eles a Leclerc, que encerrou à frente de Hamilton.
“Entendo a frustração dos caras nos carros, mas no final foi tudo bem executado. Lewis estava atrás de Charles, com um composto mais macio; nós o deixamos passar e, de acordo com nossas regras internas, os trocamos de novo no final.”
— Frederic Vasseur, chefe da Ferrari
Destaques e estatísticas
Apesar do 7º e 8º lugares conquistados pelos pilotos da Ferrari, a ação da equipe chamou atenção por expor uma tensão incomum. Hamilton chegou a expressar no rádio sua insatisfação com o ritmo de decisão da equipe, acusando falta de “trabalho em equipe”. Leclerc, por sua vez, manifestou preocupação quanto à estratégia, pedindo que Hamilton acelerasse para evitar o chamado “ar sujo” e interagiu questionando sobre a perseguição a Antonelli.
“Estamos correndo pela Ferrari em primeiro lugar. Podemos argumentar que teria sido melhor fazer isso meia volta antes, ou meia volta depois… Agora, a frustração por estar no carro eu posso entender perfeitamente.”
— Frederic Vasseur, chefe da Ferrari
As decisões sob pressão evidenciaram a complexidade tática que a equipe enfrentou num contexto de alta competitividade, no qual o tempo para análises era reduzido a no máximo uma volta e meia.
Repercussão e próximos passos
Após a corrida, Hamilton não pediu desculpas pelo desentendimento no rádio, ressaltando sua compreensão sobre a política da equipe, embora criticando a lentidão nas decisões. Leclerc optou por uma abordagem mais reservada, preferindo resolver as divergências internamente. Vasseur reafirmou a confiança depositada em ambos, destacando a necessidade de decisões rápidas diante de situações complexas no pit wall.
Esse episódio ressaltou tanto a intensidade da pressão interna na Ferrari quanto o equilíbrio delicado entre interesses individuais e coletivos, fatores que poderão impactar a dinâmica da equipe nas próximas etapas do campeonato.
Com a vitória confortável de Oscar Piastri em Miami, a Ferrari ficou com dever de casa pela frente para ajustar sua gestão e alinhar estratégias visando retomar a competitividade no pelotão principal da Fórmula 1.
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