
São Paulo — InkDesign News — A implementação crescente da inteligência artificial (IA) por parte do governo federal dos EUA, incluindo a Food and Drug Administration (FDA), destaca um movimento significativo para modernizar processos de aprovação de medicamentos, levantando questões éticas e práticas sobre o uso dessa tecnologia.
Contexto e lançamento
Recentemente, um artigo no Journal of the American Medical Association (JAMA) por Dr. Vinay Prasad, diretor de uma subagência da FDA que lida com vacinas, delineou uma proposta para transformar a agência visando um aumento na eficiência dos processos burocráticos. Esta iniciativa surge após a demissão de milhares de funcionários, intensificando o debate sobre a eficácia e segurança da utilização de IA na aprovação de novos medicamentos.
Design e especificações
O estudo sugere a adoção da IA não apenas para otimizar a revisão dos produtos farmacêuticos, mas também para reavaliar processos considerados obsoletos. O artigo menciona que a IA pode modernizar o FDA através de um “revisão científica assistida por IA”, permitindo decisões mais ágeis e informadas. Há também propostas de redução de testes em animais, alavancando modelagem computacional para prever toxicidade, utilizando tecnologia de ponta.
Repercussão e aplicações
O uso de “big data” para aprimorar a avaliação de medicamentos promete um novo paradigma na pesquisa clínica, onde métodos não randomizados podem gerar conclusões causais acionáveis com menor custo. “O advento da inteligência artificial generativa tem várias promessas para modernizar o FDA e aumentar radicalmente a eficiência no processo de revisão”, lê-se no artigo, enfatizando um aspecto futurista, mas também questionando a responsabilidade ética na automation de processos críticos.
A transformação da FDA pode levar a um aumento na eficácia, mas isso requer uma análise cuidadosa das implicações práticas e éticas.
(“The advent of generative artificial intelligence (AI) holds several promises to modernize the FDA and radically increase efficiency in the review process.”)— Dr. Vinay Prasad, Diretor, FDA
Com a integração da IA nos processos regulatórios, a comunidade científica observa com cautela. A noção de que a eficácia dos novos medicamentos será impactada não apenas pela tecnologia, mas também pelo método de avaliação nesta nova era digital, coloca um desafio significativo na supervisão da saúde pública.
A implementação da IA deve ser avaliada com um olhar atento sobre suas repercussões no que se refere à segurança dos produtos que chegarão ao mercado.
(“If AI could technically help speed up some bureaucratic processes, a quick look at the way automation rollout is being handled at other agencies doesn’t necessarily inspire confidence in the initiative.”)— Gizmodo – Cultura Tech & Geek
À medida que o debate sobre a IA no setor de saúde continua a evoluir, a FDA parece determinada a transformar sua abordagem operacional, movendo-se em direção a um futuro onde a tecnologia e a saúde pública coexistem de maneiras inovadoras, mas complexas.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)