
São Paulo — InkDesign News — O crescimento da extremismo online representa um risco crescente para jovens, com indivíduos vulneráveis, como meninas e meninos menores de idade, sendo alvos de manipulação e recrutamento por grupos violentos. Esta situação levanta preocupações sobre a segurança digital e a eficácia das medidas de proteção.
Incidente e vulnerabilidade
Segundo dados da National Society for the Prevention of Cruelty to Children (NSPCC) do Reino Unido, metade dos casos de aliciamento de crianças ocorre online, com plataformas como o Snapchat sendo frequentemente utilizadas. Em resposta a esta vulnerabilidade, a Europol coordenou um Dia de Ação de Referência em 27 de maio, visando mais de 2.000 links conectados a propaganda extremista direcionada a menores.
Impacto e resposta
A utilização de jovens como intermediários em campanhas extremistas tem mostrado um impacto alarmante na segurança pública. Dados da Europol revelaram que menores agora representam mais de 70% dos mercados criminosos. A agência identificou um aumento no uso de inteligência artificial para criar conteúdos que atraem o público jovem, incluindo vídeos e memes. Investigadores relataram uma tendência preocupante de glorificação de menores envolvidos em atos terroristas, retratando-os como heróis.
A manipulação serve a um duplo propósito: promove a identificação emocional com as vítimas e incita o desejo de retaliação e mais violência.
(“This manipulation serves a dual purpose: it fosters emotional identification with the victims while simultaneously inciting a desire for retaliation and further violence.”)— Europol
Mitigações recomendadas
Proteger crianças de ameaças online exige um esforço conjunto de autoridades públicas e do setor privado. É fundamental que os pais estabeleçam redes de apoio e promovam a educação digital, ajudando seus filhos a navegar pelas plataformas online com segurança. Medidas incluem a utilização de filtros de conteúdo, monitoramento de atividades online e conversas abertas sobre as implicações do extremismo. As iniciativas de prevenção devem ser adaptativas para responder às dinâmicas em constante mudança do ambiente digital.
Proteger os jovens das ideologias extremistas deve ser uma responsabilidade coletiva.
(“Protecting children from the online threat of extremism is a responsibility that applies to all backgrounds, faiths, and communities.”)— Catherine De Bolle, Diretora Executiva, Europol
Os riscos residuais permanecerão enquanto grupos extremistas continuarem a adaptar suas abordagens. A Advocacia de segurança digital deve focar além das ameaças atuais, antecipando futuras estratégias de recrutamento e manipulação, garantindo que jovens não sejam vítimas ou instrumentos em agendas violentas.
Fonte: (Hack Read – Segurança Cibernética)