
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos capturaram a imagem mais nítida até hoje de uma jovem estrela massiva, conhecida como HW2, consumindo gás em espiral. Essa descoberta, realizada por uma equipe internacional, oferece uma visão rara sobre o crescimento de estrelas gigantes, localizando-se a cerca de 2.300 anos-luz da Terra, na região de formação estelar chamada Cepheus A.
Detalhes da missão
As observações foram realizadas em 2019 com a rede de telescópios de rádio Very Large Array, localizada no Novo México. HW2 é estimada em 10 a 20 vezes a massa do Sol, e sua análise baseou-se no mapeamento do disco de gás e poeira que a circunda. O estudo será publicado na revista Astronomy & Astrophysics e confirma que estrelas colossais deverão crescer de forma semelhante a estrelas menores, coletando gás de discos em rotação.
Tecnologia e objetivos
A equipe utilizou observações de amônia, abundante no espaço interstelar, que permite mapear a distribuição do gás nas proximidades do jovem astro. O líder do estudo, Alberto Sanna, do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália, afirmou:
“Estamos sempre tentando obter regras gerais que possam explicar o maior número de fenômenos observados.”
(“We are always trying to get general rules that can explain the largest number of phenomena we observe.”)— Alberto Sanna, Pesquisador, Instituto Nacional de Astrofísica
A pesquisa revelou que o gás do disco de acreção de HW2 está colapsando a uma velocidade impressionante, sustentando um crescimento anual equivalente a cerca de duas massas de Júpiter.
Próximos passos
As observações indicam um desequilíbrio na distribuição de gás no disco de acreção da estrela, com evidências de que o lado oriental contém aproximadamente o dobro de gás em comparação ao lado ocidental. Essa assimetria sugere uma possível injeção externa de material, potencialmente fornecida por um fluxo de gás e poeira. Sanna acrescentou:
“Precisamos entender por quanto tempo HW2 pode continuar crescendo.”
(“We need to understand for how long HW2 can keep growing.”)— Alberto Sanna, Pesquisador, Instituto Nacional de Astrofísica
A equipe planeja buscar diretamente esses fluxos alimentadores em investigações futuras, estabelecendo assim um caminho contínuo para entender o ciclo de vida de estrelas massivas.
A evolução de HW2 e a compreensão de como as estrelas gigantes se formam não apenas ampliam nosso conhecimento sobre o cosmos, mas também podem impactar futuras investigações sobre as propriedades fundamentais do universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)