Estudo revela ligação entre deficiência de vitamina D e COVID-19

São Paulo — InkDesign News — Uma nova pesquisa relaciona a deficiência de vitamina D a um aumento no risco de hospitalização por COVID-19, embora a associação com o risco de infecção seja considerada fraca.
Contexto da descoberta
O impacto global da COVID-19 nos serviços de saúde foi significativo, estimulando um amplo interesse em entender os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à doença. Estudos anteriores já identificavam diversos fatores que influenciam as taxas de infecção e a gravidade da COVID-19, como idade, sexo masculino, estado de saúde e origem étnica. A vitamina D, conhecida por seu papel na modulação da resposta imunológica, foi investigada nesse contexto.
Métodos e resultados
A análise foi realizada com dados do UK Biobank, abrangendo mais de 150.000 participantes. Os pesquisadores avaliaram a associação entre níveis de vitamina D e a COVID-19, tanto em relação à infecção quanto à hospitalização. “Nosso estudo encontrou que pessoas com deficiência ou insuficiência de vitamina D estavam mais propensas a serem hospitalizadas com COVID-19 do que aquelas com níveis saudáveis de vitamina D — mas não eram mais propensas a contrair o vírus em primeiro lugar”
“Our study found that people with a vitamin D deficiency or insufficiency were more likely to be hospitalised with COVID-19 than those with healthy levels of vitamin D — but they weren’t more likely to catch the virus in the first place.”
— Dr. Maria Monroy-Iglesias, King’s College London
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A pesquisa também considerou variações por etnia, revelando que indivíduos de origem asiática ou africana/Afro-Caribenha apresentaram um risco levemente aumentado de infecção em níveis baixos de vitamina D, enquanto a relação entre baixa vitamina D e doença severa foi observada somente em pessoas de origem caucasiana. Contudo, não foram encontradas associações significativas entre os níveis de vitamina D e os resultados da COVID-19 em pacientes com diagnóstico prévio de câncer.
Implicações e próximos passos
“À medida que o risco da COVID-19 diminui ao longo do tempo, o vírus permanece uma preocupação para a saúde pública”, afirma Dr. Kerri Beckmann, coautora do estudo e pesquisadora da Universidade da Austrália do Sul. “Compreender quem está em maior risco ajuda essas pessoas a tomarem precauções adicionais, incluindo monitoramento de seus níveis de vitamina D.”
Os resultados destacam a importância de futuras investigações sobre a relação entre suplementação de vitamina D e gravidade da COVID-19, especialmente à medida que a sociedade se adapta a viver com o vírus.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)