
São Paulo — InkDesign News — Uma nova pesquisa revelada no jornal JAMA Network Open indica que o volume diário de caminhadas e a intensidade da caminhada estão inversamente associados ao risco de dor crônica nas costas. A descoberta sugere que o volume de caminhada pode ter um benefício mais pronunciado do que a intensidade.
Contexto da descoberta
A dor nas costas é uma condição que afeta pessoas de todas as idades e é a principal causa de perda de saúde funcional, responsável por 7,7% de todos os anos vividos com deficiência. Nos Estados Unidos, a dor nas costas é o tipo mais comum de dor crônica, com gastos expressivos em saúde relacionados, especialmente em comparação com a dor no pescoço.
A carga dessa condição tende a aumentar nas próximas décadas, representando um grande desafio para a sustentabilidade dos sistemas de saúde. Diante disso, identificar fatores modificáveis que podem ser abordados por meio de políticas e ações preventivas se torna crucial.
Métodos e resultados
A pesquisa contou com a participação de 11.194 pessoas do Estudo de Saúde de Trøndelag (Estudo HUNT). O diferencial desta pesquisa foi a medição do volume e da intensidade das caminhadas diárias através de sensores que os participantes usaram na coxa e nas costas durante uma semana.
“As pessoas que caminham mais de 100 minutos todos os dias têm 23% menos risco de problemas nas costas do que aquelas que andam 78 minutos ou menos”
(“People who walk more than 100 minutes every day have a 23 per cent lower risk of lower back problems than those who walk 78 minutes or less.”)— Rayane Haddadj, Candidata a Ph.D., Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia
Embora a intensidade das caminhadas também tenha um papel no risco de problemas nas costas a longo prazo, os resultados indicam que a quantidade de caminhada realizada diariamente é mais significativa.
Implicações e próximos passos
Os achados ressaltam a importância de encontrar tempo para ser fisicamente ativo, não apenas para prevenir problemas crônicos nas costas, mas também para combater uma gama de outras doenças. “Com o tempo, isso pode resultar em economias significativas para a sociedade”, afirma o professor Paul Jarle Mork, também da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia.
A falta de diretrizes explícitas sobre atividade física para a prevenção primária da dor crônica nas costas destaca a necessidade de mais pesquisa nessa área. Assim, futuros estudos podem se concentrar em recomendar caminhadas como uma intervenção preventiva acessível e eficaz.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)