
Brasília — InkDesign News — Uma pesquisa do Instituto Sonho Grande revela que estudantes de escolas estaduais com ensino médio integral possuem desempenho superior no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 em comparação aos alunos de unidades de turno parcial, evidenciando a importância do investimento em currículos amplos e pedagógicos.
Contexto educacional
Com o foco na melhoria da qualidade da educação, o Censo Escolar 2024 indica que as matrículas em tempo integral nas escolas públicas de ensino médio cresceram, mas ainda estão aquém das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Dados apontam que entre 2020 e 2024, a proporção de alunos em tempo integral saltou de 14,1% para 24,2%. O estudo da pesquisa revela que escolas com carga horária igual ou superior a sete horas diárias demonstram resultados mais positivos, especialmente em redação e matemática, onde a diferença pode ultrapassar 48 pontos.
Políticas e iniciativas
O Programa Escola em Tempo Integral, lançado pelo MEC em 2023, visa expandir o acesso a essa modalidade de ensino, com a meta de registrar até 3,2 milhões de novas matrículas até 2026, focando em um desenvolvimento educacional completo. Ana Paula Pereira, diretora-executiva do Instituto Sonho Grande, salienta que “a maior oferta de educação integral implica em melhores resultados e gera mais oportunidades” e que o governo federal tem promovido apoio técnico e financeiro a estados e municípios para alcançar esses objetivos.
Desafios e perspectivas
Apesar do crescimento, ainda persistem desafios significativos. O financiamento público contínuo, o apoio a estudantes em situação de vulnerabilidade sociocultural e a organização das redes estaduais de educação são pontos cruciais para a consolidação dessa política educacional. Pereira afirma: “O processo gradual requer planejamento e uma agenda estratégica que garanta consistência ao longo do tempo.” O alcance das metas ambiciosas e a transformação do modelo educacional dependem de um compromisso coletivo de governadores e secretários de educação.
Os dados evidenciam que o ensino em tempo integral não é apenas uma questão acadêmica; é uma estratégia de desenvolvimento social. A melhoria na qualidade do ensino pode levar a um futuro mais promissor para os jovens brasileiros, com maior inserção no mercado de trabalho e redução de problemas sociais.
Fonte: (Agência Brasil – Educação)