
Salvador — InkDesign News — Estudantes do Colégio Estadual Pedro Paulo Marques e Marques vivenciam um modelo de ensino médio integral que abrange diversas atividades, incluindo esportes, música e apoio emocional, refletindo uma inovação pedagógica alinhada às diretrizes do governo da Bahia.
Contexto educacional
A educação no Brasil, especialmente no ensino médio, enfrenta desafios históricos marcados por desigualdade e infraestrutura precária. Em 2023, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da Bahia registrou uma média de 3,7, posição considerada a oitava pior do país. Este cenário motiva a busca por alternativas que garantam um aprendizado significativo e a permanência dos estudantes nas escolas.
Políticas e iniciativas
O governo federal lançou em 2023 o Programa Escola em Tempo Integral, que já abrange 7.153 escolas e 1,3 milhão de estudantes, conforme o Censo Escolar de 2024. Na Bahia, a implementação deste modelo em 53,8% das escolas tem sido reforçada através de parcerias, como a firmada com o Instituto Natura, que fornece apoio técnico e gestão de recursos. Professora do Colégio Pedro Paulo Marques e Marques, Ana Pompilho, observa que políticas como Bolsa Família e Bolsa Presença têm contribuído para aumentar o engajamento dos estudantes em relação ao Enem.
“Percebi um engajamento mais acentuado dos estudantes, das famílias e um interesse maior dos alunos para fazerem o Enem, comparando com minha experiência anterior.”
(“I noticed a more pronounced engagement from students, families, and a greater interest in students taking the Enem, compared to my previous experience.”)— Ana Pompilho, Professora, Colégio Pedro Paulo Marques e Marques
Desafios e perspectivas
Apesar dos avanços, a ampliação do ensino médio integral enfrenta desafios como a necessidade de adaptar as atividades curriculares às especificidades regionais, uma vez que a Bahia apresenta características diversificadas, como perfis rurais, indígenas e quilombolas. Manoel Calazans, assessor da Secretaria de Educação da Bahia, ressalta que “não é só carga horária” que mantém os alunos na escola; é necessário atrair o interesse juvenil por meio de projetos alinhados às realidades locais.
“A gente não pode ter aquela métrica do passado de achar que só com sala de aula a gente consegue manter o aluno.”
(“We cannot have that past metric of thinking that only with the classroom we can keep the student.”)— Manoel Calazans, Assessor, Secretaria de Educação da Bahia
Os impactos esperados incluem o aumento das matrículas e a melhoria das oportunidades de emprego. Pesquisas indicam que 10% a mais de estudantes no ensino médio integral geram um aumento de 3% nos empregos formais, especialmente para jovens das populações negras, pardas e indígenas. O cenário futuro prevê a continuidade dessas iniciativas, visando um avanço estruturado na educação pública da Bahia.
Fonte: (Agência Brasil – Educação)