
Contexto da descoberta
As abelhas do subgênero Austrochile são exclusivas da Austrália, encontradas em todos os estados e territórios do país, exceto na Tasmânia. Historicamente, esse grupo era conhecido por apenas sete espécies até 1992, quando mais 18 foram identificadas. Pesquisas de campo subsequentes, incluindo as realizadas durante os esforços do projeto Bush Blitz, resultaram em descobertas adicionais.
Métodos e resultados
Segundo Dr. Remko Leijs, um dos pesquisadores do Museu da Austrália do Sul, “a equipe descobriu 23 novas espécies durante coletas de campo, que também resultaram em 20 espécies ainda não descritas armazenadas em coleções entomológicas” (
“A equipe descobriu 23 novas espécies durante coletas de campo”
(“The team discovered a further 23 species during field collection trips”)— Dr. Remko Leijs, Pesquisador, Museu da Austrália do Sul
). O projeto Bush Blitz, uma parceria entre o governo australiano, a BHP Billiton e a Earth Watch Australia, demonstra a relevância das coleções para descobrir novas espécies.
Estimativas sugerem que cerca de um terço das espécies de abelhas na Austrália ainda é desconhecido. Isso levanta preocupações sobre o estado atual das abelhas nativas, cujas funções como polinizadoras são cruciais tanto para plantas nativas quanto para cultivos agrícolas.
Implicações e próximos passos
A pesquisa sublinha a necessidade urgente de investigar as ameaças enfrentadas pelas abelhas do subgênero Austrochile. Dr. James Dorey, da Universidade de Wollongong, ressalta: “Essas espécies provavelmente têm uma distribuição limitada; no entanto, não temos informações suficientes sobre sua ocorrência ou tamanhos populacionais para avaliar seu estado de conservação”. A pesquisa futura espera investigar mais a fundo a biodiversidade e a conservação das abelhas nativas australianas.
A descoberta representa um passo significativo na compreensão da biodiversidade das abelhas no território australiano, permitindo um melhor planejamento de esforços de conservação e proteção das espécies. A falta de financiamento para trabalhos taxonômicos limita o progresso nessa área, ressaltando a importância de ações futuras.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)