
Berkeley, CA — InkDesign News —
Exploração de minerais críticos essenciais para energias renováveis enfrenta grandes desafios em custo e sustentabilidade. A startup Durin propõe utilizar robótica para reduzir gastos e melhorar a eficiência na perfuração, contribuindo para avanços em sustentabilidade e tecnologias limpas.
Tecnologia renovável
Em 2023, empresas ao redor do mundo investiram entre US$ 12 a 13 bilhões em exploração mineral, fundamental para a cadeia de fornecimento de tecnologias renováveis. Porém, a atividade é incerta, com apenas três depósitos encontrados a cada mil tentativas, resultando em alta necessidade de perfurações.
A Durin, fundada por Ted Feldmann, está desenvolvendo uma plataforma de perfuração equipada com sensores avançados para coletar dados, visando a automação do processo. A perfuratriz pode atingir 300 metros de profundidade e 2,5 polegadas de diâmetro, inicialmente operada manualmente, mas preparada para futura operação autônoma.
“Cerca de 70% do capital levantado pelas empresas de exploração vai para perfuração. A perfuração é proibitivamente cara.”
(“About 70% of the capital that exploration companies raise goes to drilling. Drilling is prohibitively expensive.”)— Ted Feldmann, fundador e CEO, Durin
Redução de CO₂
A automação das operações de perfuração pode diminuir significativamente o consumo de combustíveis fósseis e minimizar a pegada de carbono associada às operações de campo, ao reduzir a necessidade de equipes grandes em campo e otimizar o uso de equipamentos. Isso é crucial para setores que demandam minerais críticos para baterias, células solares e outras tecnologias de baixo carbono.
O custo com mão de obra é responsável por cerca de 60% das despesas das empresas de perfuração, o que reforça o impacto positivo esperado da automação para redução de custos e, potencialmente, de emissões indiretas.
“Isso realmente se resume a um problema de mão de obra. Não existem drillers (operadores de perfuratriz) suficientes nos Estados Unidos.”
(“This really comes down to a labor problem. There are not nearly enough drillers in the United States.”)— Ted Feldmann, fundador e CEO, Durin
Casos de uso
Além da coleta automatizada de dados, a Durin está projetando um sistema para carregamento automático de tubos durante a perfuração. Prevê-se que em dois a três anos, as perfuratrizes possam operar de forma quase totalmente autônoma, com equipes reduzidas apenas para suporte logístico e supervisão.
Empresas que atuam no setor de mineração poderão assim ampliar a eficiência da exploração mineral, essencial para abastecer o mercado crescente de tecnologias renováveis e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.
“O que estamos tentando eliminar é a necessidade de pessoas ficarem paradas junto à perfuratriz enquanto ela opera.”
(“What we’re trying to eliminate is a need for there to be guys standing around the rig while it’s operating.”)— Ted Feldmann, fundador e CEO, Durin
Este avanço tecnológico pode aumentar a capacidade de exploração sustentável e reduzir os custos da cadeia de suprimentos para a transição energética. Tais inovações estão alinhadas com políticas de incentivo à redução de emissões e maior eficiência energética no setor mineral.
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Fonte: (TechCrunch – Climate / GreenTech)