
São Paulo — InkDesign News — A administração Trump está cada vez mais marcada por críticas à sua abordagem em governança e eficiência, com o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) enfrentando uma série de reveses e desilusões desde seu lançamento, especialmente em relação a promessas de economia e eficiência.
Contexto e lançamento
O DOGE, liderado inicialmente por Elon Musk, surgiu com a proposta audaciosa de cortar custos governamentais. Em um período marcado por promessas irrealistas, Musk declarou que esperava economizar “pelo menos” US$ 2 trilhões do orçamento federal, uma expectativa que rapidamente foi reduzida para US$ 1 trilhão após críticas e análises. À medida que o tempo avançava, as revelações sobre as imprecisões nas alegações de economia se tornaram cada vez mais evidentes, levando a um questionamento profundo sobre a eficácia real da iniciativa.
Design e especificações
Um exame detalhado das operações do DOGE revelou que suas alegações de economia são frequentemente baseadas em cálculos imprecisos. O relatório da Politico indicou que, dos supostos US$ 52,8 bilhões economizados, apenas uma fração, cerca de US$ 1,4 bilhão, foi de fato verificada. Além disso, as economias foram calculadas com base em valores máximos dos contratos, resultando em uma representação distorcida da situação financeira do governo. “Essa abordagem é equivalente a cancelar um cartão de crédito com um limite de US$ 20.000 e afirmar: ‘Acabei de economizar US$ 20.000′”, disse Jessica Tillipman, especialista em direito de aquisição governamental.
Repercussão e aplicações
As críticas ao DOGE não se limitam apenas à sua ineficiência; a abordagem da organização tem sido considerada por muitos como um exemplo claro de desperdício. Segundo um relatório da Comissão Permanente de Investigações do Senado, o DOGE gastou cerca de US$ 21,7 bilhões em tentativas de redução do governo, o que supera o valor economizado através de cortes em programas públicos. Essa disparidade entre gastos e alegadas economias provocou reações negativas na comunidade, principalmente entre críticos que enfatizam o impacto de tais ações na saúde financeira de programas sociais essenciais. “Qualquer afirmação pública sobre [as] economias do DOGE é sem sentido”, continuou Tillipman.
As atividades do DOGE, embora questionáveis, continuam a desempenhar um papel na administração atual, incluindo a promoção de iniciativas polêmicas, como a criação de um banco de dados nacional de cidadania, que gerou preocupação entre defensores da privacidade. Além disso, incidentes associados a membros da equipe têm servido para justificar ações autoritárias, impactando a opinião pública e o diálogo social sobre segurança e governança.
À medida que a administração Trump avança, permanece incerto o futuro do DOGE e o verdadeiro impacto de suas ações na estrutura governamental. As promessas de eficiência e redução de custos continuam a esbarrar na realidade de alegações inflacionadas e resultados questionáveis.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)