
Springfield, EUA — InkDesign News — A aplicação da genealogia genética investigativa (FIGG) está se expandindo, oferecendo novas dimensões na resolução de crimes, incluindo homicídios e agressões sexuais, por meio da biotecnologia. Neste contexto, cidadãos têm a oportunidade de contribuir para a identificação de suspeitos, enquanto se discute a ética no uso de dados genéticos.
Contexto científico
A mobilização em torno da FIGG decorre da necessidade crescente de resolver casos não solucionados. O processo utiliza amostras de DNA de parentes, aproveitando a herança genética compartilhada. De acordo com cientistas, um banco de dados com 2% da população dos EUA, ou seja, cerca de 6 milhões de pessoas, seria suficiente para identificar quase qualquer DNA coletado em cenas de crime. Instituições como a Promotoria do Distrito local, liderada por Anthony D. Gulluni, promovem testes genéticos gratuitos em eventos comunitários, buscando aumentar a diversidade do banco de dados.
Metodologia e resultados
A FIGG opera com um sistema híbrido, integrando laboratórios privados e sites de genealogia que oferecem opções de consentimento para pesquisa policial. Adicionalmente, a coleta de amostras é simples: os participantes fornecem saliva em tubos, que são submetidos a testes comparativos. No caso de um contribuinte que se submeteu à coleta em Springfield, foram encontrados 3.309 correspondências de DNA. Este método reflete a complexidade da relação genética, onde indivíduos compartilham aproximadamente 50% de seu DNA com os pais e 25% com avós, aumentando as chances de identificação de parentes.
“Se um número suficiente de pessoas compartilhar seu DNA, as objeções éticas se tornam irrelevantes.”
(“If enough people share their DNA, conscientious objectors won’t matter.”)— Autor desconhecido, Genetista
Implicações clínicas
As implicações da FIGG vão além de sua aplicação em investigações criminais, tocando questões de ética e privacidade. Apesar de haver resistência de alguns ativistas de privacidade, que argumentam que a doação de DNA pode facilitar a aplicação da pena de morte, as estatísticas indicam que a eficácia do método pode superar preocupações éticas. Com a crescente aceitação do DNA como uma ferramenta investigativa, a regulamentação e supervisão do uso de dados genéticos se tornam imperativas para equilibrar segurança pública e direitos individuais.
“A tecnologia é potente, mas ainda não foi totalmente realizada.”
(“the technology is potent, but it’s incompletely realized.”)— Autor desconhecido, Especialista em Genealogia
O futuro da FIGG promete uma expansão no uso de tecnologia de DNA em investigações policiais, mas trará desafios significativos em termos de ética e regulamentação. A pesquisa continua a evoluir, buscando integrar responsabilidades éticas com as potenciais soluções que a biotecnologia pode oferecer.
Fonte: (MIT Technology Review – Biotecnologia e Saúde)