
São Paulo — InkDesign News — Com a crescente adoção de ferramentas de desenvolvimento assistidas por inteligência artificial, o cenário de fundraising para startups está se transformando. As rodadas de investimento estão se adaptando a novas demandas, mudando a forma como os fundadores abordam suas contratações e a estratégia de produto desde o início.
Tamanho da rodada
Recentemente, startups têm buscado focar em equipes leves, evitando a dependência de um único “10x engineer”. A tendência do vibe coding está redefinindo como os times de engenharia são formados, além de impactar as rodadas de financiamento. "Estamos testemunhando uma mudança real nas prioridades de contratação. Fundadores agora buscam variados perfis de desenvolvedores", destaca Lauri Moore, parceira na Bessemer Venture Partners.
“As startups não precisam mais do que antes de um único engenheiro super-habilidoso para decolar.”
— Lauri Moore, Parceira, Bessemer Venture Partners
Valuation
Os valuations têm sido impactados por essa mudança de mentalidade, com investidores reavaliando o que consideram como fundamentais em startups nascentes. A expectativa é que essa nova abordagem traga agilidade no desenvolvimento do produto e, consequentemente, atraia mais atenção em futuras rodadas, como a série A e B. "Valuations ajustados estão refletindo essa necessidade de adaptação e flexibilidade no cenário atual", afirma David Cramer, cofundador e chief product officer da Sentry.
“A capacidade de fazer mais com menos é o que define o sucesso neste novo ambiente.”
— David Cramer, Cofundador e CPO, Sentry
Investidores
Diante desse novo paradigma, fundos de venture capital como a Bessemer estão cada vez mais interessados em apoiar startups que adotam essa mentalidade de eficiência. As rodadas pre-seed e seed têm visto um aumento considerável no interesse, à medida que os investidores buscam apoiar projetos que priorizam um desenvolvimento ágil e eficaz, em vez de soluções complexas que podem levar tempo excessivo para serem implementadas.
Com a transformação no marketing e ciclo de produtos, as startups estão redefinindo seus mapas estratégicos. Moore e Cramer reforçam que ainda é essencial entender o que as ferramentas de AI podem substituir em termos de funções, além do que deve permanecer na responsabilidade humana para garantir a qualidade.
“Os fundadores precisam compreender a linha tênue entre automação e a necessidade do julgamento humano.”
— Lauri Moore, Parceira, Bessemer Venture Partners
No cenário atual, à medida que as startups navegam por essas novas dinâmicas, os recursos obtidos em fundraising devem ser utilizados para maximizar a eficiência operativa e fomentar a inovação de produto. As expectativas são altas em relação ao desempenho dessas empresas no mercado.
Fonte: (TechCrunch – Venture & Fundraising)