Cleveland — InkDesign News — A discussão sobre criptomoedas no âmbito da comunidade negra ganhou novos contornos durante a Convenção Anual da National Association of Black Journalists, onde temas como o impacto da tecnologia e a desigualdade social se entrelaçam em um cenário atual perturbador.
Contexto e lançamento
A Convenção Anual da NABJ, realizada em Cleveland, nos últimos dias, se destacou não apenas por debater a situação da indústria jornalística sob o governo de Donald Trump, mas também por trazer à tona o papel pouco explorado das criptomoedas dentro da comunidade negra. A narrativa que frequentemente associa o universo cripto à criminalidade impede a discussão sobre suas potencialidades para inclusão financeira e construção de riqueza. Essa realidade foi personificada na figura de Jaden Baxter, assistente especial do prefeito de Cleveland, que buscava respostas em um espaço repleto de incertezas e questionamentos sobre a nova economia digital.
Design e especificações
A tecnologia blockchain, substância do setor cripto, oferece um sistema descentralizado e transparente para transações financeiras. O blockchain funciona como um “livro-razão” digital, onde cada transação é registrada de forma indelével e visível a todos. Essa estrutura elimina intermediários, favorecendo um modo de operação que é, idealmente, mais inclusivo. O conceito de contratos inteligentes—códigos automatizados que executam transações sem necessidade de aprovação humana—traz uma inovação que pode revolucionar a forma como comunidades marginalizadas interagem com o sistema financeiro. O desafio, no entanto, se ergue quando se observa que a proteção oferecida por instituições financeiras tradicionais não se aplica ao universo das criptomoedas, expondo os usuários a riscos significativos.
Repercussão e aplicações
Jaden Baxter, ao tomar contato com as nuances do setor, expressed a incredulidade de muitos ao perceber que criptomoedas poderiam ser uma solução viable para problemas financeiros enfrentados por comunidades historicamente excluídas. Ele se indagava:
“As pessoas não sabem disso. Nós não usamos, não estamos no cripto, mano.”
(“People don’t know that. We don’t use it, we aren’t in crypto, bro.”)— Jaden Baxter, Assistente Especial do Prefeito de Cleveland
O que se observou foi um choque de realidade, onde as promessas de inclusão financeira e empoderamento econômico se contrastaram com a imagem negativa frequentemente projetada pelas narrativas vigentes. O relato da FDIC indica que as dificuldades de acesso a bancos convencionais afetam desproporcionalmente famílias negras e hispânicas nos EUA, o que torna a adoção de criptomoedas uma alternativa atraente, apesar dos riscos.
O cenário é complexo e deve ser observado de perto. A aceitação crescente de criptomoedas em regiões como a Ásia, África e América Latina traz um novo foco sobre como comunidades do mundo inteiro estão respondendo a estas novas tecnologias. Baxter se questionou sobre a forma como a narrativa dominante exclui pessoas como ele das oportunidades oferecidas pelo cripto.
“Nós somos sempre os últimos, cara. Perdemos todos os trens para ficar ricos.”
(“We are always the last people, bro. We miss all the trains to get rich.”)— Jaden Baxter, Assistente Especial do Prefeito de Cleveland
Seu impacto reflete um movimento mais amplo que procura reimaginar e democratizar o acesso ao sistema financeiro e suas possibilidades.
Em suma, à medida que a aceitação das criptomoedas avança, torna-se imprescindível que a narrativa se amplie para incluir vozes e experiências marginalizadas, assegurando que a revolução digital não perpetue desigualdades sociais, mas sim as combata. O futuro revela um panorama onde o conhecimento e a inclusão financeira podem e devem caminhar juntos.
Fonte: Gizmodo – Cultura Tech & Geek
