
Brasília — InkDesign News — A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou ao Ministério da Saúde, em agosto de 2025, a não incorporação da liraglutida e da semaglutida ao Sistema Único de Saúde (SUS), impactando o acesso a esses medicamentos amplamente conhecidos como “canetas emagrecedoras”.
Contexto e objetivos
Os agonistas GLP-1, como a liraglutida e a semaglutida, são utilizados no tratamento da obesidade e diabetes tipo 2, oferecendo uma alternativa terapêutica para indivíduos que não alcançam resultados satisfatórios com intervenções convencionais. Entretanto, a decisão da Conitec surge em um contexto fiscal desafiador, com uma projeção de custo anual para o SUS estimada em R$ 8 bilhões. A recomendação visa otimizar os recursos disponíveis na saúde pública brasileira.
Metodologia e resultados
A Conitec fundamentou sua decisão com base em evidências científicas que analisam a eficácia e segurança dos medicamentos, além das suas implicações em termos de custo-efetividade. O ministério destacou a importância de um rigoroso processo de avaliação de tecnologias em saúde para assegurar a viabilidade e segurança dos tratamentos oferecidos à população. “As decisões da Conitec sobre a incorporação de medicamentos ao SUS consideram as melhores evidências científicas disponíveis, abrangendo eficácia, segurança e análises de custo-efetividade”, informou o ministério.
Implicações para a saúde pública
A atenção crescente ao uso indiscriminado desses medicamentos gerou a necessidade de controle mais rigoroso, resultando na retenção de receitas de canetas emagrecedoras a partir de junho de 2025. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) implementou a medida em resposta ao aumento de eventos adversos associados ao uso inadequado. “O uso indiscriminado gera preocupações quanto à saúde da população e ao acesso de pacientes que realmente necessitam desse tipo de tratamento”, afirmaram líderes nas áreas de endocrinologia e metabologia.
A implementação dessa nova regulação e a possível criação de parcerias para produção no Brasil podem favorecer o acesso seguro a tratamentos efetivos, ao mesmo tempo em que fortalecem a indústria local de medicamentos genéricos.
A Conitec oferece recomendações que culminam em um cenário de conhecimento mais completo para os profissionais de saúde, enfatizando a importância de escolhas terapêuticas baseadas em evidências e na saúde pública.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)