
São Paulo — InkDesign News — Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) realizaram um experimento inovador que confirmou a dualidade da luz, mostrando que o comportamento do fóton, seja como partícula ou onda, não pode ser observado simultaneamente.
Detalhes da missão
O estudo, conduzido pelos físicos Wolfgang Ketterle e Vitaly Fedoseev, concentrou-se na essência do famoso experimento da dupla fenda de Thomas Young, ao empregar 10.000 átomos individuais resfriados a temperaturas próximas ao zero absoluto. A pesquisa foi publicada no dia 22 de julho na revista Physical Review Letters.
Tecnologia e objetivos
Os pesquisadores utilizaram lasers para acomodar os átomos, permitindo a observação de padrões de difração semelhantes aos do experimento clássico. Essa configuração simplificada eliminou a interferência de dispositivos volumosos, demonstrando que o padrão de difração é mantido mesmo sob condições extremamente controladas. “O que fizemos pode ser considerado uma nova variante do experimento da dupla fenda,” comentou Ketterle.
“Esses átomos únicos são como as menores fendas que você poderia construir.”
(“These single atoms are like the smallest slits you could possibly build.”)— Wolfgang Ketterle, Físico, MIT
Próximos passos
A equipe planeja investigar mais detalhadamente a “fuzziness” dos átomos, referindo-se à incerteza quântica que envolve sua posição. O aprimoramento da técnica poderia levar a novos insights sobre a natureza fundamental da luz e suas implicações nos paradigmas da física quântica. “Einstein e Bohr nunca teriam imaginado que isso seria possível, realizar um experimento com átomos únicos e fótons únicos,” completou Fedoseev.
“O que importa é apenas a imprecisão dos átomos.”
(“What matters is only the fuzziness of the atoms.”)— Vitaly Fedoseev, Físico, MIT
O impacto desse estudo é significativo para a compreensão da física quântica, desafiando conceitos tradicionais sobre a natureza da luz e provando que a dualidade partícula-onda é uma característica intrínseca. Essa pesquisa não apenas reforça a teoria quântica, mas também abre novas perspectivas para experimentos futuros e o entendimento das leis que governam o universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)