
Brasília — InkDesign News — O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou novas regras para cursos de graduação na modalidade de ensino a distância (EaD) nesta quarta-feira (21), buscando garantir qualidade e infraestrutura adequada para os estudantes.
Contexto educacional
Nos últimos anos, o Brasil experimentou um crescimento significativo no número de matrículas em cursos EaD, superando o ensino presencial. Segundo dados do Censo Escolar, essa modalidade se tornou uma alternativa popular, porém, a ausência de diretrizes claras para sua operação levantou preocupações sobre a qualidade da formação. Com isso, pastas como o Ministério da Educação (MEC) se mobilizaram para estabelecer normas que assegurem uma educação de qualidade.
Políticas e iniciativas
A nova regra determina que cursos de medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia sejam ofertados exclusivamente no formato presencial. Camilo enfatizou a importância do diálogo nesse processo:
“Foram meses de discussão, inclusive, com uma audiência pública nesta Casa. Nesta comissão. Nada foi feito sem dialogar.”
(“We had months of discussion, including a public hearing in this House. In this committee. Nothing was done without dialogue.”)— Camilo Santana, Ministro da Educação
Além disso, cursos de saúde e licenciaturas poderão ser oferecidos em formato presencial ou semipresencial (híbrido). O objetivo é valorizar a interação entre professores e alunos, essencial para um aprendizado mais enriquecedor.
Desafios e perspectivas
Apesar das boas intenções, a implementação efetiva dessas mudanças enfrenta desafios consideráveis. A infraestrutura das instituições de ensino ainda é uma preocupação central, especialmente em regiões mais carentes. A desigualdade no acesso à tecnologia e à internet também pode limitar o alcance das novas políticas. Como destacou Camilo:
“Não acredito que o povo brasileiro queira ser atendido por um enfermeiro formado 100% a distância neste país.”
(“I do not believe that the Brazilian people want to be assisted by a nurse formed 100% from a distance in this country.”)— Camilo Santana, Ministro da Educação
A transição de dois anos para adaptação gradual dos cursos deve servir como um tempo para alinhar as infraestruturas em consonância com as novas exigências.
A expectativa é que, com essas novas diretrizes, o Brasil possa avançar na qualidade do ensino superior, promovendo uma formação mais robusta. O próximo passo envolve a execução das políticas, adaptando-se à nova realidade com foco no estudante.
Fonte: (Agência Brasil – Educação)