Bolsas na Europa sobem com possível acordo EUA-Reino Unido e impulsionam mercado

Londres — InkDesign News — As bolsas europeias abriram em alta na manhã desta quinta-feira (08), impulsionadas pela expectativa de anúncio iminente de acordo comercial entre Estados Unidos e Reino Unido, além da avaliação por investidores das decisões de política monetária e dados econômicos regionais, incluindo inflação e taxas de juros.
Panorama econômico
O cenário global segue marcado pela perspectiva de avanços comerciais e movimentos monetários. O Reino Unido está próximo de assinar um acordo comercial com os EUA, o primeiro país a fazê-lo após Washington impor tarifas “recíprocas” às importações globais no mês anterior. A expectativa pela decisão do Banco da Inglaterra (BoE), que deve reduzir sua taxa básica de juros após mantê-la estável em março, está no radar dos investidores, especialmente diante das incertezas no comércio global.
Ontem, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, anunciou a manutenção dos juros pela terceira vez consecutiva, citando a pressão das tarifas na inflação. De forma semelhante, os bancos centrais da Suécia e da Noruega também optaram por não alterar seus juros.
Indicadores e análises
Por volta das 6h40 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,52%, atingindo 536,23 pontos. No mesmo horário, as bolsas de Londres, Paris e Frankfurt registravam alta de 0,35%, 0,98% e 1,21%, respectivamente. Milão e Lisboa também apresentavam ganhos, de 1,02% e 0,63%. Já a bolsa de Madri permanecia estável.
Destaque especial para a AB Inbev, controladora da Ambev, que registrou lucro no primeiro trimestre superior às expectativas, refletindo-se em alta de 3,5% de suas ações em Bruxelas. Adicionalmente, a produção industrial alemã cresceu 3% em março, superando projeções econômicas.
Impactos e previsões
A assinatura do acordo comercial entre EUA e Reino Unido pode representar um marco na reconfiguração das relações comerciais após a imposição de tarifas, potencialmente aliviando incertezas no comércio bilateral. A provável redução dos juros pelo BoE, mesmo diante de um ambiente comercial incerto, sinaliza tentativa de estímulo econômico, enquanto os mantenimentos das taxas pelo Fed, Suécia e Noruega refletem cautela diante dos impactos inflacionários das tarifas.
“Anunciaremos o primeiro acordo comercial com ‘um grande país’ às 11h (de Brasília).”
(“We will announce the first trade deal with ‘a big country’ at 11 a.m. (Brasília time).”)— Donald Trump, Presidente dos EUA
“O Fed manteve os juros pela terceira vez seguida, citando a pressão do tarifaço de Trump na inflação.”
(“The Fed held interest rates for the third consecutive time, citing Trump’s tariff pressure on inflation.”)— CNN Brasil – Economia
Esses movimentos indicam uma fase delicada de ajustes nas políticas econômicas e comerciais globais, cujo desdobramento impactará a indústria, o consumidor e a trajetória da inflação e do crescimento econômico nos próximos meses.
O mercado permanecerá atento aos desdobramentos do acordo comercial e às decisões futuras dos bancos centrais, que poderão redefinir estratégias de investimento e expectativas econômicas globais.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)