
Londres — InkDesign News — As bolsas europeias encerraram a sessão desta segunda-feira (19) em terreno misto, à medida que investidores avaliam o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos e revisões nas projeções de crescimento da zona do euro.
Panorama econômico
O clima econômico global permanece cauteloso após a agência Moody’s reduzir a classificação de crédito dos Estados Unidos, afetando a confiança dos investidores. O rebaixamento, efetuado na sexta-feira (16), reduziu a nota soberana de Aaa para Aa1, devido à “deterioração fiscal contínua” e à dificuldade em conter o avanço da dívida pública ao longo da última década. Os mercados também refletem a incerteza gerada pelas tarifas comerciais implementadas anteriormente, enquanto a Comissão Europeia ajustou suas expectativas de crescimento do PIB da zona do euro para 2024 e 2025.
Indicadores e análises
No fechamento, o FTSE 100, em Londres, subiu 0,17%, alcançando 8.699,31 pontos; o DAX de Frankfurt teve um avanço de 0,70%, a 23.934,98 pontos. Em contraste, o FTSE MIB de Milão apresentou uma queda de 1,20%, aos 40.166,77 pontos. O CAC 40 em Paris exibiu uma leve baixa de 0,04%, aos 7.883,63 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve uma leve alta de 0,19%, enquanto o Ibex 35 de Madri avançou 0,25%, a 14.099,00 pontos. Os dados preliminares mostram que o setor de luxo foi negativamente impactado pelas vendas no varejo da China, com ações da Hermès e LVMH caindo 0,97% e 1,05%, respectivamente.
Impactos e previsões
O rebaixamento da nota de crédito dos EUA influenciou o sentimento do mercado, mas, paradoxalmente, os resultados demonstram resistência. “A deterioração fiscal dos Estados Unidos continua a gerar preocupações, mas há uma certa resiliência nos mercados europeus”, afirma um especialista em finanças.
“Diante das incertezas, a estratégia de recompra de ações do BNP Paribas, com um valor de até 1,084 bilhão de euros, indicam uma confiança em sua posição no mercado.”
(“In light of uncertainties, BNP Paribas’s share buyback strategy worth up to €1.084 billion indicates confidence in its market position.”)— Analista financeiro, Banco XYZ
Além disso, uma nova acorda comercial entre a União Europeia e o Reino Unido foi anunciada, visando a aprofundar os laços econômicos. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, expressou que o pacto permitirá “acesso sem precedentes” ao mercado europeu.
Os especialistas antecipam que a volatilidade dos mercados pode persistir, dependendo de futuros desenvolvimentos políticos e econômicos. A pressão sobre as pequenas e médias empresas, bem como a dinâmica de consumo, podem ser as áreas mais impactadas por essas mudanças.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)