
Estocolmo e Oslo — InkDesign News — Os bancos centrais da Suécia e da Noruega mantiveram suas taxas básicas de juros inalteradas nesta quinta-feira (08), em meio a preocupações sobre o impacto das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos e sua influência na inflação e no crescimento econômico regional.
Panorama econômico
Em um contexto de tensão comercial global, os bancos centrais do Norte Europeu adotaram uma postura cautelosa ao manter suas taxas de juros básicas. O Riksbank, banco central sueco, manteve a taxa em 2,25%, alinhando-se à expectativa dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal. Já o Norges Bank, equivalente norueguês, segurou seus juros em 4,5%, com a decisão fundamentada nas incertezas econômicas decorrentes das políticas tarifárias dos EUA, que afetam a estabilidade da renda e a trajetória da inflação.
Na quarta-feira (07), o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos também optou por manter suas taxas de juros, evidenciando a cautela diante da pressão inflacionária provocada pelo chamado “tarifaço” implementado pelo governo Trump.
Indicadores e análises
O Riksbank reiterou que cortes futuros na taxa básica podem ser adotados se as tarifas americanas ameaçarem enfraquecer o crescimento econômico e reduzir a inflação, sinalizando abertura para ajustes conforme o cenário evolua. Enquanto isso, o Norges Bank indicou que a trajetória das taxas de juros dependerá do desenrolar dos acontecimentos econômicos, especialmente diante da volatilidade nas políticas comerciais globais.
“Cortes poderão ocorrer mais adiante se as tarifas impostas pelos EUA ameaçarem enfraquecer o crescimento econômico e puxar a inflação para baixo.”
(“Cuts could occur further down the line if U.S. tariffs threaten to weaken economic growth and pull inflation down.”)— Riksbank, Banco Central da Suécia
“O futuro da taxa dependerá dos desdobramentos econômicos, diante das incertezas geradas por políticas comerciais oscilantes.”
(“The future of the rate will depend on economic developments, given uncertainties generated by fluctuating trade policies.”)— Norges Bank, Banco Central da Noruega
Impactos e previsões
O cenário tarifário cria um ambiente de instabilidade para produtores e consumidores, afetando decisões de investimento e consumo em ambos países. A manutenção das taxas reflete a busca por estabilidade monetária enquanto se aguarda maior clareza sobre os efeitos das disputas comerciais em curso. Especialistas destacam que uma escalada tarifária pode resultar em pressão deflacionária, forçando novas revisões de política monetária.
O Banco da Inglaterra, por sua vez, reagiu à mesma conjuntura cortando juros para 4,25%, demonstrando outra abordagem entre bancos centrais diante dos mesmos riscos comerciais globais.
Com o Fed reafirmando sua cautela frente ao “tarifaço” de Trump, permanecer atento às decisões futuras dos bancos centrais será crucial para antecipar possíveis impactos em cadeias produtivas e inflação global.
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Fonte: (CNN Brasil – Economia)