
São Paulo — InkDesign News — Uma estrela supergigante vermelha, conhecida como DFK 52, expulsou a maior nuvem de gás e poeira já observada no processo de perda de massa. A descoberta, realizada por uma equipe de astrônomos do Chalmers University of Technology, na Suécia, destaca a complexidade e a escala dessa estrutura cósmica.
Detalhes da missão
A DFK 52, localizada a 18.900 anos-luz na galáxia Via Láctea, faz parte do aglomerado Stephenson 2, que abriga pelo menos 25 outras estrelas supergigantes vermelhas. O estudo focou na observação da estrela por meio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), que capturou uma imagem da nuvem expelida que se estende por 1,4 anos-luz. A nuvem é associada a uma dinâmica de massa e foi insuflada em um evento cataclísmico há aproximadamente 4.000 anos.
Tecnologia e objetivos
O uso do ALMA permitiu observar a dispersão dos gases, onde as partes azuis estão se movendo em direção à Terra, enquanto as partes vermelhas se afastam. DFK 52 possui uma luminosidade cerca de 20.000 vezes superior à do Sol, but, de acordo com os cientistas, sua massa de 10 a 15 vezes a do Sol é comum entre supergigantes vermelhos. O que mais chama a atenção, porém, é o processo de perda de massa da estrela, que segue um padrão incomum em comparação com outras estrelas do mesmo tipo.
“DFK 52 parece ser uma anomalia mesmo entre as supergigantes vermelhas conhecidas. Por que sua perda de massa é tão extrema e a estrutura da nuvem circunestelar é tão complexa?”
(“DFK 52 seems to be an anomaly even among what is currently known. Why is its mass loss so extreme, and the structure of its circumstellar cloud so complex?”)— Mark Siebert, Astrônomo, Chalmers University of Technology
Próximos passos
A equipe de Siebert planeja realizar investigações adicionais para compreender mais a fundo os fenômenos associados à DFK 52, incluindo a possibilidade de a estrela estar acompanhada de um sistema binário invisível, o que pode afetar a forma como essa estrela libera seus gases e poeira. Embora DFK 52 não apresente simetria bipolar típica dos sistemas binários, evidências de anéis equatoriais parciais foram identificadas em sua nuvem de material circumstellar.
“Entender o comportamento do DFK 52 e sua dramática perda de massa merece atenção extensiva…”
(“Understanding the behavior of DFK 52 and its dramatic mass loss warrants extensive follow-up…”)— Mark Siebert, Astrônomo, Chalmers University of Technology
A descoberta da nuvem associada à DFK 52 não apenas enriquece o conhecimento sobre a evolução das supergigantes vermelhas, mas também oferece novos insights sobre os processos que antecedem explosões supernova, impactando nosso entendimento sobre a dinâmica estelar no universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)