
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos agora confrontam a composição de Ursa Major III, um objeto fantasma em órbita da Via Láctea, que pode ser um aglomerado estelar contido por buracos negros ocultos, ao invés de uma galáxia anã dominada por matéria escura.
Detalhes da missão
Ursa Major III/Unions 1 (UMa3/U1) é o satélite mais fraco conhecido da nossa galáxia, orbitando a mais de 30.000 anos-luz de distância. Este sistema estelar compacto é composto por apenas 60 estrelas visíveis. Compreender sua verdadeira natureza pode fornecer informações cruciais sobre a formação da Via Láctea.
Tecnologia e objetivos
Os cientistas utilizaram simulações de computador e dados observacionais sobre o movimento orbital e a composição química de Ursa Major III. Estes métodos permitiram um cálculo preciso das interações gravitacionais entre milhares de estrelas, a fim de reconstruir a estrutura do objeto ao longo do tempo. Segundo Hosein Haghi, coautor do estudo, “as interações gravitacionais com a Via Láctea ao longo de bilhões de anos removem as estrelas externas de um aglomerado estelar.”
(“Dark star clusters form when gravitational interactions with the Milky Way over billions of years remove the outer stars from a star cluster.”)— Hosein Haghi, Coautor do Estudo, Universidade de Bonn
Próximos passos
As descobertas foram publicadas em 7 de agosto na Astrophysical Journal Letters. Os astrônomos planejam continuar suas investigações, colaborando com outros centros de pesquisa para entender mais profundamente a estrutura de Ursa Major III. Pavel Kroupa, coautor do estudo, ressaltou: “Nosso trabalho mostra pela primeira vez que esses objetos são mais provavelmente aglomerados estelares normais.”
(“Our work shows for the first time that these objects are most likely normal star clusters.”)— Pavel Kroupa, Coautor do Estudo
Considerando seja uma galáxia anã ou um aglomerado estelar, Ursa Major III oferece pistas significativas sobre a formação e composição da Via Láctea, refletindo um avanço no conhecimento humano sobre a estrutura do cosmos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)