
São Paulo — InkDesign News — O cometa interestelar 3I/ATLAS, descoberto em 1º de julho de 2025, é considerado um dos objetos mais antigos já observados na história da astronomia, com uma idade estimada em 7 bilhões de anos.
Detalhes da missão
3I/ATLAS, que representa o terceiro corpo celeste a entrar no Sistema Solar proveniente de além de seus limites, foi detectado pelo telescópio de pesquisa ATLAS. Este objeto pode ser até 3 bilhões de anos mais velho do que o próprio Sistema Solar, que tem cerca de 4,5 bilhões de anos, o que o torna um alvo valioso para pesquisa planetária e astronômica.
Tecnologia e objetivos
A equipe liderada pelo astrônomo da Universidade de Oxford, Matthew Hopkins, utiliza instrumentos avançados para estudar 3I/ATLAS e identificar suas características químicas e físicas. “Todos os cometas não interestelares, como o cometa Halley, formaram-se ao mesmo tempo que nosso Sistema Solar, então eles têm até 4,5 bilhões de anos”, disse Hopkins. “Mas os visitantes interestelares têm o potencial de ser muito mais antigos.” Este interstellar é formado em uma região distinta da Via Láctea, sugerindo uma composição química rica em gelo d’água, que se manifestará à medida que se aquece ao se aproximar do Sol.
Próximos passos
Com os telescópios, incluindo o Vera C. Rubin Observatory, em busca de 3I/ATLAS, o objetivo é monitorar mais de perto sua atividade cometária à medida que ele se aproxima do Sol. “O fato de 3I/ATLAS já estar mostrando sinais de atividade é emocionante”, comentou Michele Bannister, do University of Canterbury, na Nova Zelândia. “Os grandes telescópios do mundo estão observando este novo objeto interestelar – um deles pode nos revelar muito mais.”
“Acreditamos que há duas em cada três chances de que este cometa seja mais velho que o Sistema Solar e que ele tenha flutuado pelo espaço interestelar desde então.”
(“We think there’s a two-thirds chance this comet is older than the solar system, and that it’s been drifting through interstellar space ever since.”)— Chris Lintott, Astrofísico, Universidade de Oxford
A descoberta de 3I/ATLAS não apenas eleva o nosso entendimento sobre a origem dos cometas, mas também abre novas possibilidades para pesquisas futuras sobre a formação estelar e a evolução do universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)