São Paulo — InkDesign News — Astrônomos confirmaram a descoberta do exoplaneta WISPIT 2b, um jovem gigante gasoso com aproximadamente 5 milhões de anos, orbitando uma estrela análoga ao Sol, situada a cerca de 430 anos-luz da Terra.
Detalhes da missão
WISPIT 2b foi detectado utilizando o Very Large Telescope (VLT), localizado no Deserto do Atacama, no Chile. Este exoplaneta, do tamanho de Júpiter, está inserido em um disco protoplanetário multifacetado, apresentando canais e lacunas semelhantes a um disco de vinil. A equipe da Leiden University, liderada pela pesquisadora Richelle van Capelleveen, descreveu a descoberta como um evento extraordinário e inesperado. A carga útil consistiu em observações de infravermelho e ópticas do sistema estelar WISPIT 2.
Tecnologia e objetivos
A principal tecnologia empregada na missão foi o VLT, capaz de capturar imagens em alta resolução de sistemas estelares distantes. O objetivo era determinar a frequência de gigantes gasosos em órbitas largas ao redor de estrelas jovens. Christian Ginski, um dos pesquisadores, comentou sobre a dificuldade em capturar planetas em formação, afirmando que detectar WISPIT 2b oferece uma oportunidade única para entender a diversidade dos sistemas planetários conhecidos. “Capturar uma imagem desses planetas em formação é extremamente desafiador, e nos dá uma real chance de entender por que os muitos sistemas exoplanetários mais antigos apresentam variações tão diferentes do nosso sistema solar”, disse Ginski.
Próximos passos
A investigação do sistema de WISPIT 2b está apenas começando. Observações adicionais estão programadas para explorar mais a fundo a interação entre o planeta e seu disco protoplanetário. “Quando vimos esse disco multianelado pela primeira vez, sabemos que precisávamos tentar detectar um planeta dentro dele”, afirmou Ginski. A equipe espera que os dados obtidos nesta pesquisa possam servir como referência para futuras investigações no campo da formação planetária.
“A descoberta desse planeta foi uma experiência incrível – tivemos uma sorte extraordinária”, afirmou van Capelleveen.
(“Discovering this planet was an amazing experience – we were incredibly lucky.”)— Richelle van Capelleveen, Pesquisadora, Leiden University
O impacto dessa descoberta não só avança a nossa compreensão sobre a formação de planetas, mas também estabelece WISPIT 2b como um modelo para estudos futuros em astrofísica, ressaltando a importância da pesquisa contínua no campo da exploração espacial.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)
