
Brasília — InkDesign News — A Associação dos Médicos Cubanos no Brasil (Aspromed) condenou as recentes sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos a gestores envolvidos no programa Mais Médicos, reafirmando seu compromisso com a saúde pública e a cooperação entre Cuba e Brasil.
Contexto e objetivos
O programa Mais Médicos foi criado para melhorar o acesso à saúde, especialmente em áreas carentes. A iniciativa visava a contratação de médicos, incluindo cubanos, para suprir a falta de profissionais em regiões sem cobertura adequada. Este contexto se torna crucial à luz das recentes sanções que visam deslegitimar essa cooperação internacional.
Metodologia e resultados
Nesta semana, os EUA revogaram os vistos de funcionários do governo brasileiro, incluindo Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. As sanções são justificadas pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que afirmou que os envolvidos teriam contribuído para um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”. A Aspromed, por outro lado, argumenta que os médicos cubanos que permanecem no Brasil o fazem por escolha própria, com a intenção de atender comunidades em necessidade.
“Muitos já naturalizados, com famílias brasileiras e laços afetivos profundos com o país, continuarão atuando com dedicação junto às comunidades mais carentes, levando atendimento e cuidado a pessoas que vivem em condições adversas, nos rincões mais distantes do território nacional.”
(“Many have already become naturalized, with Brazilian families and deep emotional ties to the country, and will continue to diligently serve the most disadvantaged communities, providing care to people living in adverse conditions, in the farthest corners of the national territory.”)— Aspromed, Nota de Repúdio
Implicações para a saúde pública
A Aspromed enfatizou que os 18 mil médicos cubanos que atuaram no programa realizaram cerca de 63 milhões de atendimentos, fortalecendo o Sistema Único de Saúde (SUS). Com a finalização do convênio em 2018, aproximadamente 2,5 mil médicos decidiram permanecer no Brasil, contribuindo para a saúde em cidades pequenas e áreas de difícil acesso, além das periferias urbanas.
“O Mais Médicos garante o direito à saúde para todos, especialmente para a população de baixa renda que vive em regiões menos privilegiadas por todo o país.”
(“Mais Médicos guarantees the right to health for all, especially the low-income population living in less privileged regions throughout the country.”)— Aspromed, Nota de Repúdio
Diante desse cenário, a Aspromed pede um reassessment das políticas de saúde e a manutenção das parcerias que garantem o acesso à saúde. Recomenda-se que o governo brasileiro busque soluções diplomáticas para preservar os programas que beneficiam a saúde pública.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)