Anthropic lança modelo de IA que atua autonomamente por horas

São Paulo — InkDesign News — A Anthropic apresentou recentemente dois novos modelos de inteligência artificial, o Claude Opus 4 e o Claude Sonnet 4, que prometem expandir as capacidades de automação e raciocínio em tarefas complexas.
Contexto da pesquisa
A corrida para o desenvolvimento de agentes de inteligência artificial realmente úteis está em alta, especialmente no que diz respeito à autonomia e capacidade de planejamento. Segundo Stefano Albrecht, diretor de IA na startup DeepFlow, “AI agents that are able to plan, reason, and execute complex tasks both reliably and free from human supervision” (Agentes de IA que são capazes de planejar, raciocinar e executar tarefas complexas de forma confiável e sem supervisão humana) representam o futuro. Os novos modelos da Anthropic visam não apenas responder a perguntas, mas também realizar tarefas mais elaboradas, usando a internet e outras ferramentas para enriquecer suas respostas.
Método e resultados
O Claude Opus 4, exclusivo para clientes pagantes, foi projetado como um modelo robusto para enfrentar desafios complexos. Já o Claude Sonnet 4 estará disponível tanto para usuários pagos quanto gratuitos, destacando-se como uma opção mais acessível para tarefas cotidianas. Ambos os modelos são híbridos, com a capacidade de alternar entre respostas rápidas e reflexões mais profundas dependendo do tipo de solicitação recebida. Além disso, foram implementadas melhorias nos métodos de monitoramento e na condição de treino, reduzindo comportamentos indesejados conhecidos como reward hacking em 65% em comparação ao modelo anterior, Claude Sonnet 3.7.
Implicações e próximos passos
As implicações desses novos modelos são vastas, com a possibilidade de aplicações em diversas áreas que exigem intervenção humana limitada. Contudo, desafios éticos e de segurança permanecem, especialmente no que se refere à autonomia das IAs. Albrecht destaca que “the more agents are able to go ahead and do something over extended periods of time, the more helpful they will be” (quanto mais os agentes forem capazes de fazer algo ao longo de períodos prolongados, mais úteis serão). O desenvolvimento contínuo de ferramentas que possam auxiliar esses sistemas autônomos será crucial para sua adoção em larga escala, especialmente em contextos onde decisões críticas são tomadas sem a supervisão humana direta.
Em resumo, os novos modelos da Anthropic não só amplificam a funcionalidade da inteligência artificial, mas também trazem à tona questões essenciais sobre segurança e ética no uso de soluções autônomas, moldando o futuro da tecnologia.
Fonte: (MIT Technology Review – Artificial Intelligence)