
Brasília — InkDesign News — A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou que os planos individuais e familiares poderão ter um reajuste de até 6,06% entre maio de 2025 e abril de 2026, afetando cerca de 8,6 milhões de beneficiários no Brasil.
Contexto e objetivos
A determinação da ANS surge em um cenário onde a saúde suplementar no Brasil abrange aproximadamente 52 milhões de consumidores. A meta é equilibrar o sistema de saúde, assegurando proteção contra aumentos abusivos enquanto se mantém a sustentabilidade do setor. Este reajuste impacta diretamente contratos de saúde que, segundo a ANS, refletem nas despesas assistenciais e na utilização de serviços de saúde.
Metodologia e resultados
O cálculo do reajuste é baseado em uma metodologia consistente desde 2019, que considera a variação nas despesas assistenciais com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), excluindo o subitem plano de saúde. “Isso inclui tanto o custo dos procedimentos quanto a frequência com que os beneficiários utilizaram os serviços. Nosso objetivo é garantir equilíbrio ao sistema: proteger o consumidor de aumentos abusivos e, ao mesmo tempo, assegurar a sustentabilidade do setor”, disse Carla Soares, diretora-presidente interina da ANS.
Implicações para a saúde pública
O impacto dessa medida poderá ser sentido em larga escala, especialmente por aqueles que dependem de planos de saúde. A possibilidade de portabilidade dos contratos expande a opção para consumidores que buscam alternativas, possibilitando a escolha de planos que melhor atendam suas necessidades. “A ANS reforçou que os consumidores podem optar pela portabilidade caso entendam que o plano de saúde não atende às suas necessidades”, enfatizou a agência.
Essas ações configuram uma estratégia de adaptação às demandas do setor de saúde suplementar e servem como um alerta para planos que apresentam reajustes substanciais, destacando a importância de um monitoramento contínuo da saúde financeira das operadoras e a qualidade do atendimento prestado aos beneficiários. As decisões da ANS têm um papel crucial na definição do cenário de saúde, e será essencial acompanhar as reações do mercado e a regulamentação futura.
Fonte: Agência Brasil – Saúde