Android XR Glasses precisam de mais que seu celular para funcionar

São Paulo — InkDesign News — As inovações nas tecnologias de realidade aumentada continuam a desafiar os limites dos dispositivos vestíveis, com o anúncio das novas Xreal Project Aura. Elas prometem um novo patamar de interatividade e imersão, apontando para um futuro onde a tecnologia AR pode ser parte do cotidiano.
Contexto e lançamento
A Xreal, companhia de tecnologia reconhecida por suas contribuições em realidade aumentada, apresentou recentemente suas novas óculos AR, Project Aura, durante o Augmented World Expo (AWE). Esse evento, um dos mais relevantes no calendário de inovações em AR, reúne entusiastas e profissionais da área, reforçando a luta contínua por uma experiência verdadeiramente integrada nas vidas dos usuários. Ainda que o predecessor Google Glass tenha encontrado dificuldades em sua aceitação comercial, as novas propostas de Xreal buscam evitar os erros do passado ao incorporar funcionalidades mais avançadas.
Design e especificações
O design dos óculos Project Aura inclui uma estrutura que abriga um chip X1S, uma versão modificada do chip X1, visto anteriormente nas Xreal One. O dispositivo não processará dados internamente, dependendo de um “puck” de computação que será transportado no bolso. O processador principal será um chip Qualcomm Snapdragon, ainda não oficialmente especificado. A importância dessa separação de processamento provoca questionamentos sobre a duração da bateria, uma vez que o uso extensivo pode ser limitado se o dispositivo não for capaz de suportar longas sessões. A Xreal também revela que os óculos virão equipados com sensores frontais e rastreamento de mãos, semelhantes aos encontrados no Meta Quest 3.
Repercussão e aplicações
A recepção do Project Aura no setor tecnológico é um reflexo da crescente popularidade da realidade aumentada em aplicações práticas, como navegação em tempo real e interação em espaços virtuais. A necessidade de um dispositivo adicional de computação, já vista nos protótipos da Meta com o Project Orion, gera discussões sobre as reais funcionalidades dos óculos e a acessibilidade para o consumidor médio. A interseção da AR com a inteligência artificial, como demonstrado nas funcionalidades esperadas que incluem a compatibilidade com o Google Maps, sugere um futuro onde as interfaces tecnológicas possam se tornar mais intuitivas e em tempo real.
Ainda que o conceito de conectar dispositivos móveis a óculos AR seja atraente, isso levanta a questão sobre a capacidade de utilização plena em ambientes naturais.
(“Your phone isn’t built for handling the same tasks, according to Xreal.”)— Porta-voz da Xreal
Como o mercado se desdobra em direção à realidade aumentada, resta saber se os consumidores estão prontos para adotar dispositivos com preços superiores a mil dólares.
(“That costs closer to $1,000 just for the sake of having a tiny heads-up display on their spectacles.”)— Analista do setor
Embora ainda não haja preços ou data de lançamento oficialmente divulgados, a expectativa é de que o Project Aura chegue ao mercado como um dispositivo premium, refletindo a evolução constante nas interações humanas com as tecnologias digitais.
Fonte: Gizmodo – Cultura Tech & Geek