
São Paulo — InkDesign News —
A pesquisa recente sobre machine learning e inteligência artificial (IA) sugere que a hesitação em adotar essas tecnologias pode ter fatores únicos, levando a um fenômeno denominado “veganismo da IA”. Esse termo compara a abstinência do uso de IA a decisões alimentares éticas, refletindo preocupações éticas, ambientais e de saúde.
Contexto da pesquisa
Estudos mostram que a hesitação em adotar a IA pode não seguir o padrão típico de adoção tecnológica. Enquanto muitas inovações são gradualmente aceitas, a IA pode enfrentar barreiras persistentes. A pesquisa analisou amostras, incluindo estudantes universitários, frequentemente iniciadores de tecnologias.
Método proposto
A pesquisa utilizou uma abordagem quantitativa para identificar os fatores de hesitação em relação à IA. Utilizou-se questionários que avaliaram atitudes e preocupações sobre decisões algorítmicas em diferentes contextos, como aconselhamento e segurança. Um dos modelos analisados foi o da aversão algorítmica, que investiga a preferência humana por decisões humanas, mesmo que algoritmos mostrem melhor desempenho.
Resultados e impacto
“Se os usuários souberem que muitos criadores de conteúdo não consentiram que seu trabalho fosse usado para treinar IA, é mais provável que evitem essa tecnologia.”
(“when users are aware that many content creators did not knowingly opt into letting their work be used to train AI, they are more likely to avoid using AI.”)— Pesquisador da Universidade X
Dados indicam que preocupações éticas e ambientais foram destacadas como razões para essa hesitação. Em um estudo, foi revelado que intensivos recursos computacionais aumentam a demanda por eletricidade, tornando a IA uma preocupação ambiental crescente. Além disso, a aversão à IA pode ser alimentada pela ideia de que seu uso pode tornar os indivíduos mais preguiçosos ou menos críticos.
As implicações dos resultados sugerem que empresas poderiam capitalizar a hesitação em usar IA, similar ao crescimento de produtos veganos no mercado. Com apenas cerca de 4% da população nos EUA identificando-se como vegana, a persistência do veganismo inspirou um mercado de nicho que pode também surgir em torno do “veganismo da IA”.
Fontes sugerem que a urgência de abordar esses fatores pode moldar a forma como novas tecnologias, como IA, são integradas na sociedade. A pesquisa pode levar a um aumento na elaboração de regulamentos e diretrizes sobre o uso ético da IA e decisões algorítmicas.
Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)