São Paulo — InkDesign News — A proliferação de teorias da conspiração em plataformas digitais, impulsionadas por ferramentas de inteligência artificial (IA), tem gerado um debate sobre a veracidade das imagens e como elas são manipuladas. Isso ficou evidente durante especulações sobre a saúde de Donald Trump, após a publicação de uma foto que gerou polêmica.
Contexto e lançamento
Nos últimos dias, fotos de Donald Trump, que parecem sugerir um estado de saúde deteriorado, circularam pelas redes sociais, especialmente em contextos que incentivam a especulação pública. As imagens, inicialmente capturadas de forma nebulosa, passaram por processos de “realce” por meio de IA, desencadeando questionamentos sobre sua autenticidade e o que realmente transmitem acerca da condição do ex-presidente. O caso lembra incidentes passados de uso de tecnologia em fotos de figuras públicas, como foi o caso de imagens proibitivamente discutidas envolvendo outras celebridades.
Design e especificações
As ferramentas de aprimoramento de imagens empregam algoritmos complexos para tentar transformar fotos de baixa resolução em versões mais nítidas. Contudo, esse processo frequentemente gera resultados imprecisos, como a infame aparição de uma massa na testa de Trump devido a sombras e detalhes naturais no rosto, que foram exagerados pela IA. A tecnologia pode, muitas vezes, adicionar elementos inexistentes, levantando questões sobre a veracidade do que está sendo apresentado. Um usuário do Bluesky, Christopher Webb, afirmou:
“Hoje, a foto do pool da imprensa mostra Trump saindo da Casa Branca pela manhã.”
(“Today’s press pool photo shows Trump leaving the White House this morning.”)— Christopher Webb, usuário do Bluesky
Repercussão e aplicações
As reações na comunidade online foram intensas, com muitos afirmando que a imagem alterada evidenciou um estado de saúde crítico de Trump. A imagem processada por IA não apenas se espalhou pelo Bluesky, mas também pelo X (anteriormente Twitter), Instagram e TikTok, aumentando a discussão sobre o impacto das tecnologias de manipulação de imagens na percepção pública. A discussão trouxe à tona preocupações sobre como as técnicas de IA podem alimentar desinformação:
“Essas ferramentas não trazem você mais próximo da verdade, apenas o aproximam de uma imagem mais nítida.”
(“These tools do not bring you closer to the truth, only closer to a sharper image.”)— Gizmodo – Cultura Tech & Geek
As implicações culturais dessas ferramentas são profundas, permitindo uma nova camada de discurso nas redes sociais, onde a linha entre realidade e manipulação se torna cada vez mais tênue. Especialistas alertam que a incapacidade de discernir o que é alterado gera um efeito cascata de desinformação.
Enquanto a tecnologia continua a evoluir, a questão permanece: até que ponto as ferramentas de IA devem ser utilizadas para modificar a realidade visual, e quão sensíveis devem ser as comunidades online a essas mudanças narrativas? O futuro promete avanços, mas também uma necessidade crescente de discernimento crítico em relação ao que consumimos digitalmente.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)
