São Paulo — InkDesign News — Cloudflare tem desempenhado um papel cada vez mais significativo na intersecção entre tecnologia e propriedade de conteúdo, evidenciado por uma recente mudança em suas políticas que procura redefinir como as empresas de IA interagem com a web.
Contexto e lançamento
Recentemente, Cloudflare anunciou sua nova política “Content Independence Day”, que passou a bloquear empresas de IA de rastrear websites que a plataforma protege, a menos que haja compensação para os criadores de conteúdo. Essa mudança representa um desvio importante em relação ao modelo tradicional da web, que sempre permitiu o rastreamento em troca de aumento de tráfego, enfatizando uma nova era na proteção dos direitos autorais online.
Design e especificações
A proposta de bloqueio de crawlers de IA, como o Gemini do Google, possui significativas implicações técnicas. Cloudflare pode identificar agentes de usuário de IA e bloquear automaticamente acessos indesejados, sem prejudicar a indexação tradicional do Google, por exemplo. Matthew Prince, CEO da Cloudflare, comentou: “Gemini is blocked by default.”
(“Gemini está bloqueado por padrão.”)
“Podemos forçar o Google a prover formas de bloquear o Answer Box e AI Overview, sem bloquear a indexação clássica de busca.”
(“We will get Google to provide ways to block Answer Box and AI Overview, without blocking classic search indexing, as well.”)— Matthew Prince, CEO, Cloudflare
Repercussão e aplicações
A mudança atraiu atenção significativa, não apenas por sua audácia, mas pela representação do crescente poder de plataformas que atuam como guardiãs do conteúdo digital. Prince afirmou que, se colaborativas as mudanças não ocorrerem, pode-se pensar em criar legislações que obrigariam gigantes da tecnologia a se adaptarem. Essa abordagem desafia o status quo e coloca Cloudflare em uma posição de média influente, potencialmente moldando o futuro da formação de dados de IA.
A ideia de que Google, historicamente em controle da maioria do tráfego online, possa ser compelido a adotar novas práticas, destaca as dinâmicas em evolução entre os gigantes da tecnologia e aqueles que produzem conteúdo. As implicações no setor são claras, já que muitos criadores e publishers buscam não apenas visibilidade, mas também compensação justa pela utilização de seu trabalho.
À medida que Cloudflare continua a estabelecer regras neste novo paradigma, observa-se um cenário onde negociantes e plataformas de IA terão de trabalhar em termos mais amigáveis aos criadores. Essa mudança reflete uma crescente valorização da propriedade intelectual em um mundo dominado por algoritmos e aprendizado de máquina.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)
