
São Paulo — InkDesign News — Com o aumento dos investimentos em inteligência artificial, diversos assistentes virtuais, como Alexa, Google Assistant e Siri, têm sido aprimorados. Contudo, a interação cotidiana do usuário com essas ferramentas permanece rasa e limitada.
Contexto e lançamento
Apesar de bilhões de dólares direcionados ao desenvolvimento de modelos de inteligência artificial, muitos usuários ainda tratam seus assistentes virtuais como apenas versões atualizadas de funções básicas. De acordo com dados recentes da empresa de pesquisa YouGov, 59% das interações dos usuários com assistentes digitais se concentram em tarefas simples, como checar o clima e tocar músicas. Essas funções são as mesmas que já eram possíveis há mais de uma década, quando esses dispositivos começaram a entrar nas casas. A falta de adoção de funcionalidades mais avançadas, como o controle de dispositivos conectados, levanta questões sobre a utilidade prática real dessas inovações.
Design e especificações
Assistentes virtuais como o Alexa, que recebeu recentemente atualizações com potenciais melhorias graças ao “Alexa+”, e o Google Assistant, agora mais conversacional com a introdução do Gemini AI, têm avançado em termos de tecnologia. No entanto, os usuários ainda utilizam essas plataformas para funções básicas. Apenas 19% dos entrevistados empregam suas assistências para controlar dispositivos conectados à internet, e menos de 10% se engajam com ações de terceiros, como as “Alexa Skills”, que deveriam funcioná como uma loja de aplicativos para os alto-falantes inteligentes. A expectativa inicial era que esses serviços revolucionariam a interação com a tecnologia, mas o baixo envolvimento reflete uma desconexão entre o potencial oferecido e a realidade de uso.
Repercussão e aplicações
A busca por um assistente que entenda melhor as necessidades dos usuários se reflete na aderência limitada a esses dispositivos. Com 42% dos entrevistados afirmando que não veem necessidade de um assistente inteligente, a adoção dessas tecnologias pode ser considerada tímida. Outro fator é a dificuldade de compreensão por parte das máquinas: mais de 25% dos usuários apontam que o maior desafio em usar assistentes é a falta de entendimento das suas solicitações. Nesse contexto, muitos usuários ainda desejam um assistente que possa não apenas realizar tarefas simples, mas que também compreenda melhor a linguagem natural.
“42% dos entrevistados afirmam que não veem necessidade de um assistente inteligente.
(“42% of respondents say they do not see the need for a smart assistant.”)— Pesquisa YouGov, Empresa de Pesquisa
“A mais desejada das funcionalidades é a de compreender melhor a fala.
(“The most desired feature is to better understand speech.”)— Especialista em Tecnologia, Indústria de AI
Enquanto a evolução da inteligência artificial continua a progredir, o desafio parece estar em transformar a curiosidade dos usuários em prática diária, superando barreiras comunicativas e ajustando as funções oferecidas. O futuro dos assistentes digitais dependerá não apenas de inovações tecnológicas, mas do reconhecimento e da superação das expectativas dos usuários.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)