
São Paulo — InkDesign News —
O mais recente movimento de fundraising no setor de tecnologia está girando em torno do conceito nebuloso de “AI agent”. Investidores, incluindo a Andreessen Horowitz (a16z), estão avaliando startups que se autodenominam agentes de IA, mas a falta de uma definição clara não impede o fluxo de capital.
Tamanho da rodada
A a16z está em processo de levantar um fundo maciço de $20 bilhões, destinado a investir em startups que se enquadram nessa nova categoria de IA. Embora o montante impressione, fica a dúvida sobre a real aplicabilidade dessas tecnologias no mercado atual. “Acreditamos que cada função de trabalho de colarinho branco terá um copiloto de IA,” afirmam os sócios da a16z.
Valuation
Startups como a Cursor, empresa que desenvolve assistentes de codificação e recebeu $100 milhões em uma rodada recente de financiamento, estão entre as beneficiárias dessa tendência. Seu valuation agora gira em torno de $2,5 bilhões. No entanto, a incerteza em torno do que realmente constitui um “AI agent” gera discussões sobre a sólida base desses valuations.
Investidores
Os co-fundadores da a16z, Guido Appenzeller, Matt Bornstein e Yoko Li, têm explorado ativamente o conceito, mas foram claros sobre as limitações atuais da tecnologia. Appenzeller ressalta que “o mais simples que ouvi ser chamado de agente é basicamente um prompt inteligente em cima de alguma base de conhecimento.”
“Acreditamos que cada função de trabalho de colarinho branco terá um copiloto de IA.”
— a16z VCs
Entretanto, a falta de clareza sobre o que um agent realmente é revela lacunas no entendimento do mercado. O CEO da Artisan, Jaspar Carmichael-Jack, observa que “conseguir fazer essa tecnologia de agente de IA funcionar de maneira confiável tem sido uma jornada surpreendentemente difícil.”
Ainda assim, se a road map das startups se concretizar, esses recursos poderão acelerar o desenvolvimento de soluções inteligentes que possam se integrar melhor aos fluxos de trabalho humanos. Contudo, os executivos da a16z permaneceram céticos quanto à substituição total dos trabalhadores humanos, afirmando que “as funções que requerem criatividade e pensamento humano estão longe de serem totalmente automatizadas.”
Assim, as expectativas devem ser ajustadas à realidade do que os agentes de IA podem oferecer nos próximo anos — uma possibilidade que, embora intrigante, exige um amadurecimento tecnológico substancial.
Fonte: (TechCrunch – Venture & Fundraising)