
Brasília — InkDesign News — O secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, anunciou que o Plano de Transformação Ecológica deverá impulsionar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 0,4% ao ano. A estimativa foi apresentada em evento preparatório para a 30ª Conferência do Clima (COP30), que será realizada entre 10 e 21 de novembro, em Belém (PA).
Panorama econômico
A conjuntura econômica global atualmente é marcada por uma transição acelerada em direção a práticas sustentáveis e políticas climáticas mais rigorosas, refletida inclusive nas decisões dos principais blocos econômicos e reuniões internacionais de impacto. No Brasil, o Ministério da Fazenda, em parceria com o Banco Mundial, desenvolveu um estudo que fundamenta o Plano de Transformação Ecológica, um conjunto de políticas públicas que visa integrar desenvolvimento tecnológico e sustentável à indústria, agricultura, energia e finanças. Esta iniciativa ocorre num momento no qual o debate sobre inflação, juros e crescimento econômico global influencia diretamente as estratégias nacionais.
Indicadores e análises
O estudo conjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Banco Mundial indica que a adoção das medidas propostas pode elevar o PIB em 0,4% ao ano. O plano inclui a promoção de biocombustíveis, energias renováveis e o fortalecimento de mercados de carbono como ferramentas para a descarbonização da economia. Segundo Dubeux, “Muita gente encara essa agenda como sendo um custo para a economia. Dentro das condições brasileiras de diversidade, de grande potencial com biocombustíveis, energias renováveis, ao adotar conjunto de medidas, a gente consegue aumentar o ritmo de crescimento do PIB” (
“Many people see this agenda as a cost to the economy. Within the Brazilian conditions of diversity, with great potential in biofuels and renewable energy, by adopting a set of measures, we manage to increase the GDP growth rate”
— Rafael Dubeux, Secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda
).
O mecanismo de ajuste de fronteira de carbono, já aplicado na União Europeia para precificar a emissão de carbono de produtos importados, é um dos pilares que o Brasil pretende expandir através da criação de uma coalizão internacional. A iniciativa objetiva integrar mercados de carbono globalmente e incentivar países a adotarem regras ambiciosas, gerando um modelo eficiente para a redução das emissões. Conforme ressaltado por Dubeux: “Criar uma integração entre mercados de carbono para que a gente consiga um modelo mais eficiente globalmente para reduzir as emissões de carbono e encontrar uma solução que não dependa da aprovação unânime de 200 países durante a negociação de COP. Fazer uma coalizão dos [países] que estão dispostos a ter regras ambiciosas” (
“To create an integration among carbon markets so that we can achieve a more efficient global model to reduce carbon emissions and find a solution that does not depend on the unanimous approval of 200 countries during COP negotiations. To form a coalition of countries willing to have ambitious rules”
— Rafael Dubeux, Secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda
).
Impactos e previsões
O Plano de Transformação Ecológica pretende ampliar o ritmo de crescimento brasileiro e alinhar a economia a padrões globais de sustentabilidade, favorecendo setores como agricultura, energia e indústria. O ajuste de fronteira para produtos importados que não adotarem medidas ambientais também tem o objetivo de incentivar a adesão internacional. A política deve causar impactos diretos ao consumidor, ao estimular a transição para fontes renováveis e práticas sustentáveis, e à indústria, ao evidenciar novas oportunidades de mercado. A realização da COP30 em Belém evidencia a aposta do Brasil em liderar discussões climáticas e econômicas globais.
Na cobertura da COP30, a CNN Brasil instalará um QG para produção de conteúdo e promoção de networking, com foco em temas econômicos e ambientais estratégicos.
Os próximos passos incluem a consolidação da coalizão internacional e a implementação das políticas do plano, que podem estabelecer um novo marco para o desenvolvimento sustentável do Brasil e sua inserção competitiva no comércio global.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)