
São Paulo — InkDesign News — No dia 7 de maio de 2025, um grande filamento solar entrou em erupção na borda leste do Sol, produzindo uma impressionante exibição que se estendeu profundamente pela superfície solar, capturada em detalhes pelo satélite GOES-19 da NOAA em órbita geoestacionária.
Detalhes da missão
A erupção do filamento solar foi observada entre cerca de 6h30 e 9h50, horário de Brasília (10h30 e 13h50 GMT), pelo telescópio ultravioleta extremo (EUV) do instrumento Solar Ultraviolet Imager (SUVI) a bordo do satélite GOES-19, operado pelo Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA. O evento consistiu no rompimento de um filamento, uma faixa densa e relativamente fria de plasma solar suspensa por campos magnéticos sobre a superfície do Sol. Tais filamentos podem evoluir para ejeções de massa coronal (CMEs) que lançam plasma e campos magnéticos ao espaço, capazes de afetar o clima espacial na Terra; no entanto, nesta ocorrência, a orientação do filamento foi afastada da Terra, sem impacto direto em nosso planeta.
Tecnologia e objetivos
O instrumento SUVI utiliza luz ultravioleta extrema para monitorar a dinâmica da atmosfera solar, especialmente eventos que possam indicar atividade geomagnética capaz de influenciar tecnologias terrestres e espaciais. A missão visa aprimorar a antecipação de tempestades solares e seus efeitos com foco na segurança das redes de energia, comunicações e sistemas satelitais. A inovação tecnológica do GOES-19 permite imagens de alta resolução e monitoramento contínuo em tempo real da superfície solar e suas erupções dinâmicas.
“O Sol está fazendo o suficiente para mostrar que ainda possui condições de produzir atividade enquanto evita a Terra a todo custo.”
(“The Sun is doing just enough to show that it still has what it takes to produce activity while also dodging Earth at all costs.”)— Sara Housseal, previsionista de clima espacial, NOAA
Próximos passos
Embora essa erupção específica não influencie diretamente nosso planeta, as condições de clima espacial continuam sob monitoramento rigoroso esta semana. O Escritório Meteorológico do Reino Unido prevê que uma combinação de ventos solares de alta velocidade e os efeitos residuais de CMEs anteriores podem desencadear tempestades geomagnéticas menores, potencialmente visíveis como auroras em latitudes elevadas como Canadá, Alasca e Escandinávia. A comunidade científica continuará acompanhando o Sol para antecipar possíveis eventos que afetem satélites, astronautas e redes terrestres, aprimorando previsões e respostas rápidas.
“Os eventos de clima espacial podem produzir condições de tempestades geomagnéticas de nível G1, aumentando a probabilidade de observação de auroras em regiões de alta latitude.”
— UK Met Office, previsão meteorológica espacial
O registro detalhado dessas erupções e a capacidade de monitoramento remoto em alta resolução são essenciais para a segurança do avanço das tecnologias espaciais e a compreensão aprofundada dos processos solares que impactam a Terra e o sistema solar.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)