
São Paulo — InkDesign News — Uma nova proposta de viagem interestelar, chamada TARS (Torqued Accelerator using Radiation from the Sun), poderá simplificar o desafio de alcançar o espaço interstelar por meio de um sistema centrífugo movido a energia solar, projetado para lançar pequenas sondas a velocidades superiores à velocidade de escape do sistema solar.
Detalhes da missão
O conceito de TARS foi apresentado por David Kipping, professor de astronomia na Universidade Columbia, durante um estudo que visa criar uma missão que permita enviar um minúsculo espaço, do tamanho de um smartphone, a Alpha Centauri, a estrela mais próxima, localizada a 4,3 anos-luz de distância. Kipping descreve um dispositivo com duas pás refletoras de 7 metros de largura que, quando giradas, podem lançar uma sonda a velocidades estimadas de até 12,1 km/s, permitindo a saída do sistema solar.
Tecnologia e objetivos
TARS utiliza uma combinação de luz solar e a pressão de radiação para girar suas pás em uma taxa crescente, acumulando energia até lançar a sonda em alta velocidade. Kipping especificou que a força tensão do material das pás é crucial; ele baseou suas cálculos em nanotubos de carbono. O uso de materiais como grafeno poderá aumentar significativamente a velocidade de liberação. Ele afirma que, mesmo com a atual tecnologia, uma sonda poderia levar cerca de 30 mil anos para alcançar Alpha Centauri.
“A viagem interestelar é um dos problemas mais desafiadores que a humanidade enfrentará”
(“interstellar mission ‘is one of the most challenging problems that humanity is ever going to face’”)— David Kipping, Professor de Astronomia, Universidade Columbia
Próximos passos
Kipping e a estudante de engenharia Kathryn Lampo publicaram um artigo sobre TARS, recebendo interesse de empresas privadas de voos espaciais que ofereceram espaço em lançamentos futuros para um protótipo em formato de cubesat. “Este projeto é algo que estudantes de graduação podem ajudar a construir”, diz Kipping, vislumbrando um futuro onde a exploração espacial se torne mais acessível e inovadora. Entre os desafios, está a implantação dos painéis micrométricos e o envio de dados de telemetria para garantir que o sistema funcione corretamente.
O potencial de TARS pode revolucionar a maneira como pensamos sobre viagens interstelar e exploração espacial, oferecendo novas expectativas para futuras gerações de exploradores. A iniciativa prova que, mesmo em estágios teóricos, o desejo de desbravar o desconhecido continua a impulsionar a humanidade em direção ao espaço profundo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)