
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos do Observatório Gemini no Chile capturaram uma imagem intrigante do cometa interestelar 3I/ATLAS, que revela o crescimento de sua cauda, observada pela primeira vez em 27 de agosto de 2025.
Detalhes da missão
O cometa 3I/ATLAS foi descoberto em 1º de julho de 2023 pelo sistema de alerta ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System). Ele representa apenas o terceiro objeto registrado que se acredita ter origem em outro sistema estelar, seguindo os passos de ‘Oumuamua e 2I/Borisov. O cometa está em uma trajetória que o levará para fora do sistema solar, limitando o tempo de observação e estudo. As imagens foram coletadas utilizando o telescópio Gemini South em Cerro Pachón, no Chile.
Tecnologia e objetivos
Os cientistas usaram o Gemini Multi-Object Spectrograph (GMOS) para investigar a composição química do cometa, analisando os espectros de luz emitidos por ele. Como as diferentes substâncias liberadas pelo cometa deixam “dedos” característicos na luz que emitem, isso facilita a identificação de sua composição. De acordo com Karen Meech, astrônoma do Instituto de Astronomia da Universidade do Havai, “os principais objetivos das observações foram analisar as cores do cometa, que fornecem pistas sobre a composição e tamanhos das partículas de poeira na coma, e obter espectros para uma medição direta da química”.
Próximos passos
O telescópio Gemini South terá outra oportunidade de examinar 3I/ATLAS quando ele emergir do outro lado do sol em novembro de 2025. Cientistas estão ansiosos por esse raro momento, já que as novas observações sugerem que a composição química do cometa é similar a de cometas nativos do sistema solar, indicando processos comuns em sistemas planetários. “Essas observações oferecem tanto uma visão deslumbrante quanto dados científicos críticos,” afirmou Bryce Bolin, cientista de pesquisa da Eureka Scientific.
À medida que a ciência avança, a análise de objetos como 3I/ATLAS não só enriquece nosso entendimento sobre a formação de sistemas planetários, mas também revela a complexidade e diversidade do universo além de nossa própria estrela.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)