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Como a biotecnologia pode revolucionar o prolongamento da vida
São Paulo — InkDesign News — Pesquisadores de diversas instituições, incluindo a Universidade de Copenhague e o Buck Institute, discutem o potencial de terapias de substituição para retardar o envelhecimento, abordando estratégias que podem impactar a saúde e longevidade da população.
Contexto científico
As investigações sobre o envelhecimento e suas implicações para a biotecnologia têm ganhado destaque no cenário científico atual. Cientistas têm explorado a utilização de modelos como o verme C. elegans, que possui uma longevidade natural de apenas 15 a 40 dias. Esses organismos são usados em experimentos laboratoriais devido à sua capacidade de permitir a realização de um grande número de testes de fármacos. Dados preliminares indicam que cerca de 40% das substâncias que aumentam a longevidade em C. elegans também demonstram efeitos positivos em camundongos, mas a translação desses resultados para humanos ainda é incerta.
Metodologia e resultados
A metodologia utilizada na pesquisa envolve a administração de diversos compostos químicos a modelos de organismos, com ênfase nas reações celulares e nos processos moleculares subjacentes ao envelhecimento. Os cientistas salientam que a compreensão total das dinâmicas moleculares do envelhecimento pode levar décadas. Nesse contexto, Sierra Lore, da Universidade de Copenhague, sugere que focar em terapias de substituição pode ser uma abordagem mais eficaz. Ela comenta:
“Substituição é uma avenida realmente empolgante porque você não precisa entender a biologia do envelhecimento tanto.”
(“Replacement is a really exciting avenue because you don’t have to understand the biology of aging as much.”)— Sierra Lore, Pesquisadora, Universidade de Copenhague
Implicações clínicas
A implementação de terapias de substituição requer uma cuidadosa consideração dos testes em humanos e das aprovações regulatórias, uma vez que os resultados obtidos em modelos animais não garantem eficácia clínica garantida. Estima-se que menos de 40% das substâncias que são eficientes em C. elegans e camundongos resultem em efeitos desejados em humanos. No entanto, as estratégias de substituição, que utilizam conhecimentos já adquiridos no campo da biotecnologia, podem acelerar o desenvolvimento de tratamentos com consequências diretas para a qualidade de vida à medida que a população envelhece.
A pesquisa sobre o envelhecimento e as terapias de substituição poderá moldar o futuro da medicina, apresentando novas chances de prolongar a longevidade e melhorar as condições de saúde. O aprofundamento em investigações que misturam biotecnologia e saúde será crucial nos próximos anos para proporcionar respostas mais seguras e eficazes em longo prazo.
Fonte: (MIT Technology Review – Biotecnologia e Saúde)