São Paulo — InkDesign News — A recente reestruturação na Comissão Consultiva sobre Práticas de Imunização (ACIP) do CDC, sob a liderança do Secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., levanta questões significativas sobre a direção da política vacinal nos Estados Unidos, especialmente em tempos de transição global de saúde.
Contexto e lançamento
Em junho, Kennedy demitiu os membros da ACIP, afirmando a necessidade de endereçar conflitos de interesse, um movimento que gerou polêmica entre especialistas em saúde pública e legisladores. A nova interação com membros conhecidos por seus pontos de vista críticos em relação às vacinas poderá alterar não apenas a composição da comissão, mas também a eficácia de suas recomendações. O CDC, tradicionalmente visto como um bastião da regulamentação científica, enfrenta agora um balanço de poder reconfigurado.
Design e especificações
O novo grupo de conselheiros inclui profissionais como Joseph Fraiman, conhecido por apresentar estudos controversos em relação à segurança das vacinas mRNA contra COVID-19. Os dados por ele apresentados tiveram sua metodologia severamente criticada, mas ainda assim, provocaram debate. “A mera evidência de um pagamento para testemunhar não garante um viés negativo em relação às vacinas”, afirma Kennedy, defendendo suas opções de nomeação.
(“The mere evidence of being paid to testify does not ensure a negative bias against vaccines.”)
Além de Fraiman, a lista contempla outros nomes que questionam as práticas normalmente aceitas em virologia e imunologia. O cardiologista pediátrico Kirk Milhoan e o neurologista John Gaitanis, por exemplo, também estão entre os novos indicados, ambos com um histórico de atuação contrária às políticas de vacinação vigentes.
Repercussão e aplicações
a nova configuração da ACIP pode ter repercussões alarmantes no acesso e na distribuição de vacinas. Kennedy parece determinado a implementar sua agenda, mesmo diante da resistência crescente. O impacto cultural é palpável, com reações mistas surgindo da comunidade científica e da sociedade civil. “Acredito que esta nova fase pode interromper o acesso às vacinas essenciais”, afirmou o senador Bill Cassidy durante a audiência no Comitê Financeiro do Senado.
(“I believe this new phase could disrupt access to essential vaccines.”)
Com reuniões agendadas para tratar de vacinas como as de COVID-19 e hepatite B, a incógnita persiste sobre a capacidade da nova ACIP de manter a integridade e a qualidade das orientações que o CDC oferece ao público. Organizações preocupadas com a saúde pública e legisladores pressentem que essa nova dinâmica possa enfraquecer a confiança no sistema de vacinação do país.
À medida que os eventos se desenrolam, a próxima reunião da ACIP poderá ser um indicativo das apostas em jogo e do futuro das políticas vacinais nos Estados Unidos.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)
