Madrid’s Orbital Paradigm busca caminho mais barato para reentrada

São Paulo — InkDesign News — A startup Orbital Paradigm, baseada em Madri, se prepara para sua primeira missão com o módulo de reentrada KID, mirando oportunidades no mercado de materiais criados em microgravidade.
Detalhes da missão
A missão inaugural da Orbital Paradigm está programada para ocorrer em cerca de três meses, com um fornecedor de lançamentos ainda não divulgado. O módulo KID, que possui aproximadamente 25 kg e 40 cm de diâmetro, será lançado com payloads de clientes, incluindo a startup francesa Alatyr e a Universidade Leibniz de Hannover na Alemanha. O objetivo é coletar dados de reentrada, uma fase crítica da missão.
“Você se pergunta: ‘O que estou fazendo?’”
(“You ask yourself, ‘What am I doing?’”)— Francesco Cacciatore, Cofundador, Orbital Paradigm
O KID não será recuperado após a missão, mas o foco está em transmitir dados em órbita e sobreviver ao intenso calor da reentrada hipersônica.
Orçamento e cronograma
Com um orçamento inicial de menos de €1 milhão, a Orbital Paradigm reuniu uma equipe de nove pessoas e já conseguiu levantar €1,5 milhão em financiamento semente de investidores como Id4 e Akka. Embora a empresa tenha inicialmente pretendido desenvolver robótica espacial, o feedback do mercado direcionou seus esforços para a construção de cápsulas de reentrada.
“Os clientes não querem fazer um único voo.”
(“Customers ‘don’t want to do a one-off.’”)— Francesco Cacciatore, Cofundador, Orbital Paradigm
A demanda atual é entre três a seis voos anuais, especialmente de empresas de biotecnologia que se beneficiam de testes em microgravidade para novos materiais e terapias.
Resultados científicos
Este primeiro teste com o KID vai proporcionar dados valiosos sobre a reentrada hipersônica, que são essenciais não apenas para a missão atual, mas para o desenvolvimento futuro do veículo Kestrel. A Orbital Paradigm planeja uma segunda missão em 2026 com uma versão reduzida do Kestrel, equipada com sistema de propulsão e um paraquedas para controle de aterrissagem no Arquipélago dos Açores.
“Estamos um pouco mais famintos, então precisamos ser um pouco mais ágeis.”
(“We are starved a bit more, so we need to be a bit more athletic maybe.”)— Francesco Cacciatore, Cofundador, Orbital Paradigm
Esses avanços podem contribuir significativamente para futuros empreendimentos espaciais, ampliando as possibilidades de testes em microgravidade e acelerando a pesquisa em novos produtos e terapias.
A missão da Orbital Paradigm poderá influenciar diretamente a maneira como as instituições e empresas acessam a experiência de operações em LEO e como elas podem aplicar esses dados em desenvolvimentos futuros.
Fonte: (TechCrunch – Space & Exploração)