
São Paulo — InkDesign News — A intersecção entre moda e tecnologia continua a provocar debates acalorados, especialmente no setor de fast fashion. Recentemente, a Shein se viu no epicentro de uma controvérsia envolvendo uma imagem controversa que, supostamente, modelou uma camisa best-seller, revelando os limites do uso ético de imagens na publicidade digital.
Contexto e lançamento
A Shein, uma das líderes mundiais em fast fashion, frequentemente se destaca por sua capacidade de responder rapidamente às tendências. No entanto, nesta ocasião, a controvérsia surgiu quando a imagem de Luigi Mangione, acusado de assassinato, apareceu de maneira inesperada em seu site. Este evento se insere em um contexto maior, onde a utilização de AI e recursos fotográficos gerados teve um aumento significativo na indústria da moda. A utilização de rostos reconhecíveis — sejam de celebridades, influenciadores e, agora, indivíduos controversos — busca maximizar a atenção do consumidor.
Design e especificações
O modelo em questão era uma camisa de estampa florais, parte da coleção recém-lançada pela marca Manfinity. Segundo as informações, a imagem foi fornecida por um vendedor terceirizado, e não se sabe se foi gerado por ferramentas de inteligência artificial ou se passou por edição manual. A empresa declarou:
A imagem em questão foi fornecida por um terceiro e foi removida imediatamente após a descoberta.
(“The image in question was provided by a third-party vendor and was removed immediately upon discovery.”)— Representante, Shein
De acordo com relatos, a Manfinity faz uso frequente de modelos gerados por inteligência artificial, permitindo-lhes um acesso mais amplo a designer diversificados e inovadores.
Repercussão e aplicações
A repercussão dessa situação ultrapassa as frentes convencionais de mercado. A Shein se comprometeu a investigar a origem da imagem e a melhorar seus processos de monitoramento. A situação lança uma luz crítica sobre a prática comum de coleta e uso de imagens na moda rápida e sobre as implicações éticas que essa prática implica.
Além disso, o caso de Mangione repercute em um nível mais amplo. Fenômenos culturais como a utilização de sua imagem em produtos de fã, vendas e campanhas de crowdfunding, geram discussões sobre celebridade e notoriedade. Alguns vendedores até decidiram vincular seus produtos ao apoio legal de Mangione, com uma porção das vendas revertida para sua defesa.
Esse uso de sua imagem não se limita à Shein; ele se tornou um herói folclórico para muitos.
(“The use of Mangione’s likeness to sell products definitely isn’t just limited to Shein; he’s become something of a folk hero for many.”)— 404 Media
Como tendências futuras, observa-se um aumento na regulamentação do uso de imagens em campanhas de marketing e na necessidade imperiosa de transparência nas operações de empresas de moda. A questão de como as marcas manejam representações visuais e a responsabilidade ética que se segue ao uso de inteligência artificial continua a ser um campo fértil para debates e inovações.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)