
São Paulo — InkDesign News — O investidor de tecnologia Balaji Srinivasan propõe uma nova abordagem ao conceito de nacionalidade, almejando a criação de “estados de rede” fora da jurisdição do governo convencional, destacando uma experiência inovadora em uma cidade fantasma na Malásia.
Contexto e lançamento
A ideia de um “estado de rede” surgiu em meio a uma crescente insatisfação com a regulação governamental sobre o setor de tecnologia. Nos últimos anos, Srinivasan tem defendido a “secessão” de Silicon Valley dos Estados Unidos, desejando à indústria a capacidade de formar uma nova sociedade governada por corporativos descentralizados. Com o lançamento de uma nova escola em Forest City, Malásia, ele explora a viabilidade dessa filosofia, que combina ideais de anarcocapitalismo com a modernidade da tecnologia.
Design e especificações
A escola, que já recebe cerca de 400 alunos, serve como um espaço educativo onde os participantes podem aprimorar suas habilidades em programação e discutir teorias sobre formação de estados. Localizada em uma megacidade projetada para ser um centro urbano rival de grandes metrópoles que, por sua vez, ficou em grande parte desabitada, a instituição tem um custo a partir de R$ 7.500,00 mensais, que inclui alojamento e alimentação. O ambiente é descrito como semelhante ao cotidiano de Silicon Valley, com atividades que englobam programação, fitness e palestras ministradas por figuras influentes da tecnologia.
Repercussão e aplicações
“É ótimo estar cercado por outros construtores incríveis”
(“It was great to be surrounded by other awesome builders.”)— Participante, Estudante da Escola de Rede
Embora a proposta de Srinivasan tenha obtido apoio significativo, muitos projetos associados enfrentam desafios legais e práticos, como é o caso de Prospera, uma tentativa de cidade no litoral de Honduras, que se encontra em disputa judicial com o governo local. O movimento, embora em ascensão, ainda lida com a complexidade de estabelecer uma nova ordem social e territorial em meio a poderes estabelecidos.
“A luta contra as autoridades existentes pode ser o futuro real do movimento de Estados de Rede.”
(“A pitched struggle with existing powers may be the real future of the Network State movement.”)— Gizmodo – Cultura Tech & Geek
À medida que a escola de Srinivasan se consolida como um núcleo para suas ideias, o futuro do movimento pode depender da capacidade de seus praticantes em angariar não apenas conhecimento, mas também apoio político e econômico suficiente para transformar visões em realidades tangíveis. As perspectivas de sucesso em um mundo tão complexo ainda permanecem incertas, mas a inovação nessa busca se mostra inegável.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)