NASA identifica asteroides Bennu e Ryugu como parte de família colisional

São Paulo — InkDesign News — Astrônomos utilizando o Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA identificaram semelhanças nos espectros próximos ao infravermelho de três asteroides, sugerindo uma nova compreensão sobre as origens de asteroides próximos à Terra, incluindo (101955) Bennu e (162173) Ryugu.
Contexto da descoberta
A nova família colisional Polana no cinturão principal de asteroides do Sistema Solar é considerada a origem desses asteroides próximos à Terra. A pesquisa foi liderada por Dr. Anicia Arredondo, do Southwest Research Institute, que afirma que colisões antigas entre grandes asteroides resultaram na formação de Polana, que é o maior corpo remanescente dessa família.
Métodos e resultados
Os pesquisadores solicitaram tempo de observação no Webb para estudar Polana utilizando dois instrumentos espectrais, focando nas faixas de comprimento de onda infravermelho próximo e médio. Eles compararam os dados obtidos com amostras físicas de Ryugu e Bennu, coletadas em duas missões espaciais diferentes.
“Para testar essa teoria, começamos a analisar os espectros de todos os três corpos e compará-los entre si.”
(“To test that theory, we started looking at spectra of all three bodies and comparing them to one another.”)— Dr. Anicia Arredondo, Pesquisadora, Southwest Research Institute
Os asteroides possuem características distintas, mas as variações não são suficientemente grandes para desacreditar a hipótese de que eles compartilham uma origem comum. Polana, com aproximadamente 55,3 km de largura, é muito maior do que Bennu e Ryugu, que têm cerca de 500 m e 1 km, respectivamente.
Implicações e próximos passos
Os dados espectrais permitiram identificar semelhanças que tornam plausível a ideia de que todos os três asteroides podem ter vindo do mesmo corpo progenitor. A pesquisa também sugere que a gravidade de Júpiter pode ter influenciado as órbitas de Bennu e Ryugu, levando-os a se afastar de Polana.
“Polana, Bennu e Ryugu tiveram suas próprias jornadas pelo nosso sistema solar desde o impacto que pode ter formado eles.”
(“Polana, Bennu and Ryugu have all had their own journeys through our solar system since the impact that may have formed them.”)— Dr. Tracy Becker, Pesquisadora, Southwest Research Institute
Essas descobertas também abrem caminho para futuras investigações sobre as diferenças em superfície e composição, que podem estar relacionadas à proximidade ao Sol e ao tempo de exposição a impactos de micrometeoróides.
Os cientistas devem continuar explorando a conexão entre esses asteroides, o que poderá melhorar o entendimento sobre a história do Sistema Solar.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)