
São Paulo — InkDesign News — Nos últimos meses, Elon Musk tem promovido intensamente sua ferramenta de inteligência artificial, Grok, em meio a uma avalanche de animações de personagens femininos em vestimentas mínimas. O fenômeno gerou reações tanto de admiradores quanto de críticos, evidenciando uma fusão curiosa entre tecnologia e cultura pop.
Contexto e lançamento
O Grok, apresentado por Musk em julho, é uma evolução no espaço das inteligências artificiais, especialmente em um contexto onde narrativas visuais e interatividade têm se tornado cada vez mais comuns. A receptividade inicial foi mista, com alguns usuários reclamando da falta de sofisticação em suas representações. Musk revelou personagens como Ani, uma figura feminina com traços de anime, e Rudy, um panda vermelho que adiciona um toque cômico ao portfólio. Essa estratégia de marketing aparentemente se concentra em uma estética que visa atrair um público jovem e entusiasta.
Design e especificações
A plataforma Grok permite a geração de imagens e animações, incluindo um modo denominado “Spicy”, que oferece a possibilidade de criar representações não apropriadas para o trabalho (NSFW). Entretanto, esta funcionalidade contém limites: ao tentar gerar imagens de personagens masculinos, o sistema impõe restrições. Essa assimetria nas funções levanta questões sobre como as práticas de consumo de conteúdo são moldadas na era digital. Musk recentemente compartilhou um vídeo de Ani dançando de forma provocante, descrito por muitos como de baixa qualidade, mas que reflete uma clara intenção de capturar a atenção do público masculino.
Repercussão e aplicações
As reações a estas postagens têm sido diversas, abrangendo desde humor até críticas mais incisivas. Um usuário comentou: “Elon, pare de olhar para ela e olhe para mim” (br “Elon, pare de olhar para ela e olhe para mim”), destacando uma frustração crescente de alguns seguidores com a distração provocada por essas animações em um momento em que a exploração espacial e as ambições de Musk com a colonização de Marte ainda permanecem como promessas não concretizadas. Outro comentou: “Como essa obsessão está ajudando na questão populacional?” (br “Como essa obsessão está ajudando na questão populacional?”), refletindo sobre o fenômeno da criação de conteúdo e seus impactos sociais.
Em um mundo saturado de conteúdo sexualizado, a iniciativa de Musk levanta tópicos relevantes sobre a ética e os limites da tecnologia. Se por um lado ele promete inovação e intriga, por outro, a sua crescente fixação em “companheiras” artificiais pode desviar a atenção de projetos realmente transformadores, como novas missões espaciais. Resta saber se a xAI conseguirá encontrar um equilíbrio entre criatividade e responsabilidade social em suas próximas iterações.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)