
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos descobriram novas evidências sobre a colisão entre duas galáxias espirais, NGC 5713 e NGC 5719, localizadas a 88 milhões de anos-luz da Terra, o que pode oferecer insights sobre o que esperar na futura interação entre a Via Láctea e a galáxia de Andrômeda.
Detalhes da missão
Os dados foram divulgados em julho na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. As galáxias estão atualmente a cerca de 300.000 anos-luz de distância, distanza que está diminuindo à medida que se aproximam umas das outras. As observações revelaram um grupo de galáxias anãs que estão se organizando em uma órbita mais regular, desafiando teorias anteriores sobre a distribuição aleatória das galáxias anãs ao redor de galáxias maiores.
Tecnologia e objetivos
A pesquisa, liderada pelo astrônomo Helmut Jerjen, da Australian National University, utilizou dados obtidos pelo Telescópio Espacial Hubble. Este telescópio permitiu a medição da velocidade das galáxias anãs no sistema NGC 5713/5719, confirmando sua órbita ao redor das galáxias anfitriãs. “Pensamos que os satélites provavelmente orbitariam aleatoriamente como mais de uma nuvem do que um disco antes da aproximação das galáxias massivas”, afirmou Sarah Sweet, da Universidade de Queensland, em declaração a seus colegas de trabalho.
“Atualmente, eles não estão em um plano, mas certamente estão co-rotacionando, e em uma distribuição mais achatada do que isotrópica — mais como uma forma de tubo — ao redor do centro de massa de ambas as galáxias.”
(“Currently they are not so much in a plane but are certainly co-rotating, and in a flatter than isotropic distribution — more like a tube shape — around the center of mass of both galaxies.”)— Sarah Sweet, Astrônoma, Universidade de Queensland
Próximos passos
O projeto de pesquisa intitulado Delegate, que envolve instituições australianas, investiga o quão representativas são as galáxias do nosso Grupo Local, especialmente a Via Láctea e Andrômeda, em comparação com outras galáxias do universo. Os astrônomos planejam continuar suas observações com o Hubble por mais cinco anos, permitindo que analises mais profundas sobre as órbitas das galáxias anãs sejam feitas. A fusão entre a Via Láctea e Andrômeda está prevista para ocorrer em cerca de 4 bilhões de anos, com uma chance de 50% de que as galáxias colidam em sua primeira passagem, conforme analisado anteriormente.
À medida que novas informações são reveladas, este estudo destaca a complexidade das interações galácticas e o papel que elas desempenham na formação e evolução das estruturas cósmicas. O impacto deste trabalho continua a expandir nosso entendimento sobre as dinâmicas galácticas e o comportamento de sistemas de galáxias em todo o universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)