
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos revelaram um novo método que pode potencialmente transformar a forma como detectamos supernovas, permitindo identificar essas explosões estelares poucos dias após seu início. O estudo, liderado por Lluís Galbany do Instituto de Ciências Espaciais em Barcelona, desvenda os mistérios das estrelas que explodem em longínquas galáxias.
Detalhes da missão
Utilizando o Gran Telescopio de Canarias, o maior telescópio óptico em operação, a equipe de Galbany monitorou dez supernovas iniciais. Essas explosões foram detectadas na fase mais temprana, com algumas observadas em um intervalo de até 48 horas após a detonação. As supernovas em questão incluíam cinco estrelas gigantes que colapsaram e cinco detonações de anãs brancas. O método adota um protocolo rigoroso para garantir que a detecção ocorra no momento mais precoce possível.
Tecnologia e objetivos
O protocolo de detecção exige que um candidato a supernova não tenha sido registrado nas imagens da noite anterior, assegurando que a explosão ainda seja recente. A nova estrela deve estar localizada em uma galáxia, evitando confusões com outros objetos transientes no espaço. Ao cumprir esses critérios, é ativado o instrumento OSIRIS para analisar o espectro de cada supernova. Galbany explica:
“O espectro de uma supernova nos diz, por exemplo, se a estrela continha hidrogênio, indicando que se trata de uma supernova de colapso central.”
(“A supernova’s spectrum tells us, for instance, whether the star contained hydrogen, meaning we are looking at a core-collapse supernova.”)— Lluís Galbany, Pesquisador, Instituto de Ciências Espaciais
Próximos passos
Com a expectativa de que o Vera C. Rubin Observatory, previsto para iniciar operações até o final de 2025, possa gerar até dez milhões de alertas por noite, os pesquisadores planejam integrar o protocolo desenvolvido por Galbany. A detecção em tempo real de supernovas com menos de 24 horas de idade pode mudar fundamentalmente nossa compreensão sobre a dinâmica das estrelas e seus ambientes. Galbany comenta:
“Sabemos que um programa de espectroscopia de resposta rápida, bem coordenado com sondagens fotométricas profundas, pode coletar espectros dentro de um dia da explosão.”
(“We now know that a rapid-response spectroscopic program, well coordinated with deep photometric surveys, can realistically collect spectra within a day of the explosion.”)— Lluís Galbany, Pesquisador, Instituto de Ciências Espaciais
A descoberta de supernovas jovens envolve não apenas a observação, mas também a análise de suas gerações e interações. As implicações desse avanço são vastas, prometendo enriquecer nosso entendimento sobre a evolução estelar e a formação de elementos no universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)